Ministério Público do Ceará atualmente conduz 18 investigações sobre possíveis irregularidades ambientais envolvendo construções na região da praia do Preá, perto de Jericoacoara, um dos destinos mais procurados por turistas. As preocupações ambientais incluem construções talvez ilegais que podem estar impactando negativamente os ecossistemas locais, demandando uma fiscalização mais intensiva.

Por que a região do Preá é tão visada?

Localizada a 235 km de Fortaleza, a praia do Preá é famosa por suas condições ideais para práticas de esportes como kitesurf. No entanto, o crescente interesse turístico e o desenvolvimento acelerado têm levantado questões sobre a sustentabilidade das construções locais e o cumprimento das legislações ambientais.

Casos notórios de infrações

Entre as ações judiciais, destaca-se o caso da pousada Rancho do Peixe, investigada por conta de possíveis construções em dunas fixas, um bioma extremamente sensível e protegido por legislação específica. Apesar das licenças alegadas pelo empreendimento, o processo ainda está em andamento para averiguar a regularidade das construções.

Como as autoridades estão respondendo às infrações?

A Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará (Semace) e o Ministério Público têm atuado ativamente na região. Em casos como o da empresa Coconut Beach, multas e sanções foram aplicadas devido a obras realizadas sem o devido licenciamento ambiental. Isso inclui multas por terraplanagem não autorizada e intervenções em áreas de preservação permanente.

Qual o papel dos municípios na gestão ambiental?

Em situações onde o impacto ambiental é considerado local, os municípios têm a responsabilidade de analisar e conceder licenças ambientais, o que exige uma estrutura administrativa capaz de realizar tais análises com responsabilidade e eficiência.

Mecanismos legais em uso

• • Termo de Ajuste de Conduta (TAC) assinado com empresas como o Hotel Casana, para regularizar questões de impacto ambiental.

• • Operações conjuntas entre o Ministério Público e a Polícia Ambiental, como a operação Mata Atlântica em Pé, que aplicou multas significativas para combater o desmatamento ilegal.

Conclusões e caminhos a seguir

As investigações e ações em andamento refletem a necessidade de uma vigilância ambiental constante e de uma gestão que considere os impactos a longo prazo. Conforme a região continua a atrair turistas e desenvolvedores, o equilíbrio entre desenvolvimento e conservação torna-se um desafio crítico. A colaboração entre as entidades governamentais e a conscientização e cooperação dos empreendedores e do público são essenciais para garantir a preservação deste patrimônio natural para as futuras gerações.