O fator Tabata na campanha de Boulos
Pesquisa AtlasIntel desta quarta-feira, 24 de abril, sobre as eleições municipais em São Paulo aponta empate técnico entre Boulos e Nunes
Pesquisa AtlasIntel desta quarta-feira, 24 de abril, sobre as eleições municipais em São Paulo aponta empate técnico entre os pré-candidatos do PSOL, o deputado Guilherme Boulos, e do MDB, o prefeito Ricardo Nunes.
Boulos tem 35,6% das intenções de voto, enquanto Nunes tem 33,7%. A margem de erro é de 2,5 pontos percentuais para mais ou para menos.
A AtlasIntel entrevistou 1.629 moradores de São Paulo entre 18 e 22 de abril.
Em resposta a uma postagem no X, antigo Twitter, nesta quarta, o CEO do instituto, Andrei Roman, afirmou que o eleitorado da pré-candidata Tabata Amaral (PSB) pode ser decisivo em um eventual segundo turno entre Boulos e Nunes.
“Vai depender bastante da estratégia do Boulos em relação à campanha da Tabata, que está numa trajetória ascendente”, publicou Roman. Hoje, a pré-candidata do PSB está em terceiro, com 14,7% das intenções de voto. Em dezembro, ela tinha apenas 6,2%.
“De um lado, Boulos vai querer conter o crescimento da Tabata; do outro, se fazer isso de forma agressiva, vai acabar alienando o eleitorado dela”, acrescentou.
Frente ampla contra Boulos
Dirigentes e representantes de dez partidos materializaram na noite desta segunda-feira, 22, uma frente ampla em apoio à reeleição do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) e contra o deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP).
O encontro ocorreu na casa do ex-senador Luiz Pastore, nos Jardins, região nobre da capital paulista. Além do candidato à reeleição, estiveram presentes nomes como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, a presidente nacional do Podemos, deputada federal Renata Abreu (Podemos-SP), o ex-ministro Fábio Wajngarten, advogado de Jair Bolsonaro (PL), e o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite (União Brasil).
Os partidos representados no encontro foram: MDB, PL, Republicanos, Podemos, União Brasil, PSDB, PSD, Solidariedade, Avante e PRD.
PP e Cidadania, que também integram o grupo, não estavam presentes no jantar.
Ao jornal Folha de S.Paulo, o prefeito Ricardo Nunes disse que “a frente ampla foi formada”.
“Estou bem contente com o apoio, mostrando que o diálogo, o trabalho e os resultados estão sendo reconhecidos. Não tem no país uma pré-candidatura nas capitais com tanto apoio”, acrescentou o prefeito.
Boulos e Nunes disputam termo “frente ampla”
Além da prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos e Ricardo Nunes também disputam o termo “frente ampla”.
“Nós temos é que trazer essa frente ampla democrática para derrotar os extremistas, para derrotar os autoritários”, disse Boulos em ato realizado em 2 de fevereiro.
“A gente tem uma frente ampla, uma verdadeira frente ampla no processo eleitoral com várias forças políticas e vários partidos”, afirmou o emedebista um dia antes, em evento na zona leste de São Paulo.
Embora tente replicar a estratégia utilizada por Lula contra Jair Bolsonaro em 2022, o pré-candidato do Psol não conseguiu atrair o apoio de partidos que não são de esquerda.
O grupo pró-Ricardo Nunes, por sua vez, soma 12 partidos, mais de 350 deputados federais e 11 ministros no governo Lula.
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