Boeing vê US$ 4 bi voarem pela janela após problema com parafuso
Empresa afirma que queimou caixa para melhorar qualidade de produção das aeronaves após porta de 737 Max se desprender durante voo
A fabricante de aeronaves americana queimou cerca de 4 bilhões de dólares em caixa para conter o fracasso com o 737 Max 9. De acordo com o balanço apresentado pela companhia nesta quarta-feira, 24, a empresa ficou com o fluxo de caixa livre negativo em 3,9 bilhões de dólares no primeiro trimestre de 2024.
No mesmo período de 2023, essa linha do balanço ficou positiva em 786 milhões de dólares. O fluxo de caixa livre é o dinheiro que sobra após o pagamento de todas as despesas.
Segundo a empresa, o resultado financeiro ruim refletiu a produção mais lenta do modelo 737 Max e compensações ao clientes após a perdas de uma porta de uma aeronave em pleno voo da Alaska Arlines em janeiro deste ano. Um relatório preliminar da Junta Nacional de Segurança de Transporte apontou a falta de quatro parafusos destinados a fixar o painel à fuselagem como provável causa para o acidente.
O CEO da empresa, Dave Calhoun, afirmou que o resultado financeiro ruim da companhia no período reflete as ações tomadas para melhorar a qualidade das aeronaves 737. Segundo ele, houve um aumento no envio de relatórios para a linha dedicada para assuntos segurança da companhia de 500%, na comparação com o mesmo período do ano passado.
Em função disso, a empresa está construindo menos de 40 aeronaves por mês, o que impacta as vendas e, consequentemente, as receita da companhia. No primeiro trimestre, fabricante de aeronaves entregou 67 unidades do 737, queda de 41% em relação ao mesmo período do ano passado. Ao todo foram 83 aeronaves entregues neste ano até março, contra 130 em 2023.
A receita da empresa recuou 7,5% na comparação anual, para 16,57 bilhões de dólares, e registrou prejuízo líquido de 343 milhões de dólares nos primeiros três meses de 2024.
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