Noboa comemora plebiscito sobre militarização da segurança
O presidente do Equador, Daniel Noboa, obteve no domingo, 22 de abril, uma clara vitória na maioria das questões de um referendo convocado para enfrentar a violência no país.
O presidente do Equador, Daniel Noboa, obteve no domingo, 22 de abril, uma clara vitória na maioria das questões de um referendo convocado para enfrentar a violência no país.
Por intermédio de 11 questões, o presidente buscou a aprovação de reformas propostas em questões de segurança, judiciais e trabalhistas.
A resposta não foi positiva em todas elas: segundo os resultados oficiais do escrutínio do Conselho Eleitoral, o sim venceu em nove questões e o não prevaleceu em duas, mas estas duas questões rejeitadas não tinham relação com a insegurança, que é a principal preocupação dos equatorianos.
A questão que recebeu apoio retumbante foi a da militarização da segurança.
Os cidadãos deram a sua aprovação para modificar a Constituição e permitir que as Forças Armadas realizem operações em conjunto com a Polícia sem que seja necessário decretar o estado de emergência.
Também foi aprovado permissão para extradição de equatorianos. A iniciativa tem como condição a não aplicação da pena de morte e outras penas desumanas, cruéis ou degradantes. Também não será concedida a extradição por crimes políticos e conexos, com exclusão do terrorismo, crimes contra a humanidade e outros estabelecidos em convenções internacionais.
O plebiscito foi convocado por Noboa em meio a uma profunda crise de segurança, a uma crise no sistema energético que causou longos apagões e a um conflito diplomático com o México pelo assalto à Embaixada.
Quase 30% dos eleitores não compareceram para votar, o que significa 10 pontos a mais que a média tradicionalmente obtida nestas eleições.
O dia do plebiscito teve incidentes de violência. O diretor do presídio El Rodeo, localizado na província de Manabí, a sete horas de Quito, foi assassinado enquanto almoçava com sua família em um restaurante.
Os militares também tiveram que intervir num novo motim na prisão de Los Ríos, onde quatro presos ficaram feridos.
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