Apple remove WhatsApp e Threads da loja de aplicativos na China
A medida foi tomada devido ao monitoramento rigoroso do governo chinês sobre a Internet e os veículos de comunicação
A Apple acatou um pedido das autoridades chinesas e removeu o WhatsApp e o Threads de sua loja de aplicativos no país. A medida foi tomada devido ao monitoramento rigoroso do governo chinês sobre a Internet e os veículos de comunicação, que estão sujeitos a regras estritas.
Diariamente, censores eliminam conteúdos que criticam a política estatal ou que possam gerar descontentamento. Os usuários não têm acesso a sites estrangeiros como Google, YouTube, aplicativos e redes sociais como X, Instagram e Facebook, a menos que utilizem ferramentas para contornar bloqueios, como uma rede privada virtual (VPN).
Questões de segurança nacional
A Administração do Ciberespaço da China (CAC) ordenou a remoção desses aplicativos por questões de segurança nacional, segundo comunicado divulgado pela Apple e citado pela agência de notícias Bloomberg. A empresa ressaltou que é obrigada a cumprir as leis dos países onde está presente, mesmo que não concorde com elas.
Tanto o WhatsApp quanto o Threads não estavam disponíveis na versão chinesa da App Store nesta sexta-feira. Além disso, os aplicativos de mensagens Signal e Telegram também não estavam disponíveis.
A AFP tentou entrar em contato com a Apple, o CAC e o Ministério da Indústria e Tecnologia da China, mas até o momento não obteve resposta.
Segundo a Folha de S. Paulo, No mercado chinês, o WhatsApp foi amplamente ultrapassado pelo WeChat, que além de ser um serviço de mensagens, permite realizar pagamentos e compras online, entre outras funções. O WeChat é utilizado diariamente por centenas de milhões de chineses como meio de pagamento.
Já o Threads, que permite aos usuários postar conteúdo em texto, foto e vídeo, tem um equivalente desde 2009 na China, chamado Weibo.
Os produtos da Apple, desde o iPhone até o iPad, são muito populares na China, que é um dos principais mercados externos para a empresa americana.
A Apple sempre evitou se posicionar sobre questões delicadas ou ofender as autoridades chinesas. O CEO da empresa já foi recebido em diversas ocasiões por autoridades do país.
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