Privatização completa: O leilão da última estatal de energia de São Paulo
Descubra como a privatização da Emae impacta o setor energético de SP
A Empresa Metropolitana de Águas e Energia (Emae), a última estatal de energia elétrica do Estado de São Paulo, está programada para ser privatizada nesta sexta-feira (19), um evento que promete mudanças significativas no panorama energético da região.
O que significa a privatização da Emae?
A privatização da Emae ocorrerá através de um leilão marcado para acontecer na sede da Bolsa de Valores de São Paulo, começando às 15h. O governo estadual, sob a gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos), espera arrecadar aproximadamente R$ 777 milhões com o evento. Essa ação faz parte de um plano mais amplo de privatizações que visa aumentar a eficiência e reduzir os gastos do estado.
Quem está interessado na compra?
Até o momento, três grandes empresas mostraram interesse e estão oficialmente habilitadas para participar do leilão. O processo será conduzido na modalidade de lote único, onde serão ofertadas cerca de 14,7 milhões de ações, das quais 14,4 milhões pertencem ao Estado de São Paulo e 350 mil à Companhia do Metropolitano de São Paulo (Metrô).
Qual o valor de mercado e a situação financeira da Emae?
Atualmente, estima-se que o valor de mercado da Emae gire em torno de R$ 2,3 milhões, com uma receita líquida de R$ 532 milhões e um patrimônio líquido avaliado em R$ 1,16 bilhão. A capacidade atual das usinas hidrelétricas da empresa é robusta, gerando 1.663 GWh em 2022, o suficiente para abastecer cerca de 825 mil residências na Grande São Paulo.
Importância estratégica da Emae além da geração de energia
A Emae não se destaca apenas na geração de energia elétrica. Ela também desempenha um papel crucial no controle dos níveis dos rios Tietê e Pinheiros, especialmente durante o período chuvoso, além de gerenciar o serviço de travessias em três pontos da Represa Billings, com balsas que conectam diferentes bairros de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.
Desafios e Controvérsias Durante o Processo de Privatização
Embora o processo de privatização da Emae esteja em sua fase final, não se concluiu sem desafios. Em março de 2023, o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) chegou a suspender temporariamente o edital da privatização. Essa decisão foi motivada por uma representação do deputado estadual Emídio de Souza (PT), que questionou a legalidade do processo.
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