O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan (foto), afirmou neste domingo, 14, que o Irã “está mais perto do que nunca da bomba nuclear” e pediu medidas urgentes para impossibilitar o país de desenvolver o armamento.

Em publicação nas redes sociais, Erdan relatou ter enviado uma carta ao secretário-geral da ONU, António Guterres, na qual denunciava que o regime iraniano “representa uma séria ameaça para a paz e a segurança internacionais, como demonstrado pelo ataque de ontem a Israel com mais de 300 drones, mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos”.

“O Irã está mais perto do que nunca de uma bomba nuclear. Imaginem o que aconteceria se esses drones ou mísseis transportassem ogivas nucleares. Já chega. O Irã precisa ser impedido”, escreveu no X.

Gilad Erdan participou de sessão de emergência do Conselho de Segurança da ONU. Na reunião, ele exigiu que “todas as sanções possíveis sejam impostas ao Irã antes que seja tarde demais”.

O representante permanente de Israel também comparou o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo iraniano, a Adolf Hitler. 

“O regime dos aiatolás tem um plano claro: seu objetivo tem sido e continua a ser dominação mundial, exportando sua revolução xiita radical pelo mundo”, disse. 

“O regime islâmico de hoje não é diferente do Terceiro Reich, e o aiatolá Khamenei não é diferente de Adolf Hitler. O Terceiro Reich de Hitler foi pensado para ser um império de mil anos alcançando vários continentes, assim como Khamenei vê sua hegemonia xiita radical para alcançar toda a região e além.”

Ataque com mais de 300 drones e mísseis

O Irã lançou mais de 300 drones e mísseis contra Israel na noite de sábado. Segundo os militares israelenses, 99% dos projéteis disparados durante a noite foram interceptados pelas defesas aéreas.

Essa foi a primeira ofensiva do Irã ao território de Israel desde o início da guerra contra o Hamas, grupo terrorista aliado do Teerã.

A possibilidade de uma ofensiva iraniana em território israelense começou a ser levantada depois de o líder supremo, Ali Khamenei, prometer que “o regime sionista será punido” após ataque a consulado iraniano em Damasco, na Síria, no último dia 1º. Um dos principais generais do Irã, Mohammad Reza Zahedi, morreu no ataque.