Um fenômeno que tem chamado atenção para a temporada atual do Brasileirão é a crescente presença de jogadores estrangeiros nos elencos dos clubes, uma verdadeira “invasão” que promete agitar ainda mais a competição.

Segundo um levantamento feito pela Itatiaia, a elite do futebol brasileiro contará com a participação de 122 estrangeiros de 15 diferentes nacionalidades.

A abertura da nova janela de transferências, prevista para 10 de julho, eleva a expectativa de que esses números possam crescer durante a temporada.

Com todos os 20 clubes apresentando ao menos um atleta estrangeiro em seus elencos, o Botafogo se destaca como o time com a maior quantidade de “gringos”, totalizando 10 jogadores vindos de fora do Brasil.

Por outro lado, o Juventude tem a menor quantidade, contando com apenas um atleta estrangeiro.

Jogadores estrangeiros no Brasileirão

O contingente estrangeiro no Brasileirão é diversificado, com uma predominância de argentinos, uruguaios e colombianos nos elencos.

O Botafogo, por exemplo, reúne atletas de nacionalidades como Paraguai, Uruguai, Argentina, Angola, Equador, Nicarágua e Venezuela.

Já o Juventude representa a menor presença estrangeira, com um único jogador argentino.

Argentinos são maioria

Entre os estrangeiros, os argentinos estão em maioria, representando 33,61% do total de jogadores gringos.

Eles são seguidos pelos uruguaios e colombianos, que também formam uma parcela significativa dos atletas estrangeiros na competição.

Essa diversidade traz uma rica mistura de culturas e estilos de jogo para o campeonato, prometendo partidas ainda mais emocionantes e disputadas.

Influenciam no futebol brasileiro

A presença marcante de jogadores estrangeiros na Série A do Brasileirão não apenas enriquece tecnicamente as equipes, mas também contribui para o intercâmbio cultural entre jogadores, técnicos e torcidas.

Esse fenômeno pode ser visto como um reflexo da globalização no futebol, onde talentos de diversas partes do mundo contribuem para elevar o nível competitivo da liga, trazendo novas táticas, habilidades e, claro, emoção para os torcedores.

Além disso, a integração de jogadores de diferentes países no futebol brasileiro desafia os clubes a adaptarem suas estratégias e estilos de jogo, levando a um desenvolvimento contínuo do esporte no país.

Como consequência, o Brasileirão se torna ainda mais atraente para o público internacional, ampliando sua visibilidade e potencial de mercado.

Jogadores estrangeiros jogando no Brasileirão 2024

• Total de jogadores estrangeiros: 122
• Nacionalidades representadas: 15
• Clube com mais estrangeiros: Botafogo, com 10 atletas
• Clube com menos estrangeiros: Juventude, com 1 atleta
• Nacionalidade majoritária: Argentina, com 41 jogadores

Athletico-PR

9 estrangeiros: Lucas Esquivel (Argentina), Mateo Gamarra (Paraguai), Léo Godoy (Argentina), Bruno Zapelli (Argentina), Agustín Canobbio (Uruguai), Lucas Di Yorio (Argentina), Romeo Benítez (Paraguai), Gonzalo Mastriani (Uruguai), Tomás Cuello (Argentina)

Atlético Goianiense

6 estrangeiros: Yeferson Rodallega (Colômbia), Ángelo Araos (Chile), Yony González (Colômbia), Emiliano Rodríguez (Uruguai), Alejo Cruz (Uruguai) e Mateo Zuleta (Colômbia)

Atlético-MG

7 estrangeiros: Renzo Saravia (Argentina), Mauricio Lemos (Uruguai), Rodrigo Battaglia (Argentina), Matías Zaracho (Argentina), Alan Franco (Equador), Brahian Palacios (Colômbia) e Eduardo Vargas (Chile)

Bahia

5 estrangeiros: Víctor Cuesta (Argentina), Santiago Arias (Colômbia), Nicolás Acevedo (Uruguai), Carlos de Pena (Uruguai) e Oscar Estupiñán (Colômbia)

Botafogo

10 estrangeiros: Gatito Fernández (Paraguai), Damián Suárez (Uruguai), Alexander Barboza (Argentina), Mateo Ponte (Uruguai), Bastos (Angola), Luis Segovia (Equador), Jacob Montes (Nicarágua), Óscar Romero (Paraguai), Diego Hernández (Uruguai) e Jefferson Savarino (Venezuela)

RB Bragantino

7 estrangeiros: Andrés Hurtado (Equador), Léo Realpe (Equador), Yani Quintero (Colômbia), Kelvin Flórez (Colômbia), Thiago Borbas (Uruguai), Ignacio Laquintana (Uruguai) e Henry Mosquera (Colômbia)

Corinthians

5 estrangeiros: Félix Torres (Equador), Diego Palacios (Equador), Fausto Vera (Argentina), Rodrigo Garro (Argentina) e Ángel Romero (Paraguai)

Criciúma

6 estrangeiros: Wilker Ángel (Venezuela), Tobias Figueiredo (Portugal), Miguel Trauco (Peru), Mateo Barcia (Uruguai), Yerson Candelo (Colômbia) e Yannick Bolasie (República Democrática do Congo)

Cruzeiro

6 estrangeiros: Helibelton Palacios (Colômbia), Lucas Villalba (Argentina), Lucas Romero (Argentina), José Cifuentes (Equador), Álvaro Barreal (Argentina) e Juan Ignacio Dinenno (Argentina)

Cuiabá

2 estrangeiros: Luciano Giménez (Argentina) e Isidro Pitta (Paraguai)

Flamengo

6 estrangeiros: Agustín Rossi (Argentina), Matías Viña (Uruguai), Guillermo Varela (Uruguai), Giorgian De Arrascaeta (Uruguai), Nicolás De La Cruz (Uruguai) e Erick Pulgar (Chile)

Fluminense

4 estrangeiros: David Terans (Uruguai), Jan Lucumí (Colômbia), Germán Cano (Argentina) e Jhon Arias (Colômbia)

Fortaleza

8 estrangeiros: Tomás Cardona (Argentina), Benjamin Kuscevic (Chile), Emanuel Brítez (Argentina), Tomás Pochettino (Argentina), Emmanuel Martínez (Argentina), Kervin Andrade (Venezuela), Imanol Machuca (Argentina) e Juan Martín Lucero (Argentina)

Grêmio

8 estrangeiros: Agustín Marchesín (Argentina), Walter Kannemann (Argentina), Felipe Carballo (Uruguai), Franco Cristaldo (Argentina), Mathias Villasanti (Paraguai), Yeferson Soteldo (Venezuela), Lucas Besozzi (Argentina) e Cristian Pavón (Argentina)

Internacional

9 estrangeiros: Sergio Rochet (Uruguai), Hugo Mallo (Espanha), Fabricio Bustos (Argentina), Alexandro Bernabei (Argentina), Gabriel Mercado (Argentina), Charles Aránguiz (Chile), Lucas Alario (Argentina), Enner Valencia (Equador) e Rafael Borré (Colômbia)

Juventude

1 estrangeiro: Tomi Montefiori (Argentina)

Palmeiras

5 estrangeiros: Gustavo Gómez (Paraguai), Joaquín Piquerez (Uruguai), Aníbal Moreno (Argentina), Richard Ríos (Colômbia) e Flaco López (Argentina)

São Paulo

9 estrangeiros: Alan Franco (Argentina), Nahuel Ferraresi (Venezuela), Robert Arboleda (Equador), Damián Bobadilla (Paraguai), Iba Ly (Senegal), Giuliano Galoppo (Argentina), James Rodríguez (Colômbia), Michel Araújo (Uruguai) e Jonathan Calleri (Argentina)

Vasco

6 estrangeiros: Puma Rodríguez (Uruguai), Robert Rojas (Paraguai), Gary Medel (Chile), Juan Sforza (Argentina), Pablo Galdames (Chile) e Dimitri Payet (França)

Vitória

3 estrangeiros: Raul Cáceres (Paraguai), Cristián Zapata (Colômbia) e Eryc Castillo (Equador)

Em resumo, a “invasão” de jogadores estrangeiros na Série A do Brasileirão reflete uma tendência de globalização do futebol brasileiro, abrindo portas para um intercâmbio de experiências e estilos de jogo.

Isso não só contribui para o desenvolvimento técnico dos clubes, mas também proporciona aos torcedores partidas mais ricas e disputadas, solidificando a posição do Brasil no contexto do futebol mundial.

Levantamento feito pela CNN Esportes