STJ suspende código de vestimenta rígido
STJ suspende norma de vestimenta após debate público. Veja o impacto dessa decisão
O debate sobre o código de vestimenta nas instituições judiciárias ganhou um novo capítulo com a recente decisão do corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão. Em uma movimentação que chamou atenção em todo o país, uma norma que definia o uso obrigatório de determinadas vestimentas para acesso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), localizado na capital federal, foi suspensa na última sexta-feira, 12 de agosto de 2023.
Esta norma, aprovada em fevereiro do mesmo ano, impunha restrições consideradas por muitos como excessivas e discriminatórias, proibindo a entrada de pessoas vestindo shorts, bermudas, blusas sem manga, trajes de banho, de ginástica, e blusas cropped. Em contrapartida, estipulava o uso de trajes formalmente reconhecidos como sociais, como ternos, camisas sociais, e gravatas para o público que se identifica com o gênero masculino e vestidos ou conjuntos de blusa com calça ou saia para quem se identifica com o gênero feminino.
Por que a decisão sobre vestimentas no STJ foi tão controversa?
A suspensão da norma veio após um intenso debate nas redes sociais, onde muitos usuários expressaram sua insatisfação, alegando que as regras eram arcaicas e não condizentes com os tempos atuais. A decisão de Salomão reflete uma preocupação com o possível constrangimento, principalmente ao público feminino, e a necessidade de adequação das diretrizes do tribunal à realidade e diversidade da sociedade brasileira.
Quais foram os principais pontos levantados pelo Corregedor?
Na decisão que levou à suspensão da norma, o corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, destacou o risco de “inobservância” dos princípios de igualdade e o possível “constrangimento ligado ao gênero feminino” como razões significativas para sua ação. Segundo Salomão, é importante assegurar que as regras de vestimenta não se transformem em instrumentos de discriminação ou que perpetuem estereótipos de gênero.
Atuação nas Redes Sociais e Impacto na Decisão
O poder das redes sociais na formação da opinião pública e na mobilização social ficou evidente neste caso. A suspensão da norma demonstra como o feedback da população, expresso virtualmente, pode influenciar decisões de instituições tradicionalmente vistas como conservadoras. Este episódio coloca em destaque a necessidade de as instituições públicas estarem abertas ao diálogo e adaptarem-se às mudanças sociais e culturais em curso.
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