Justiça nega novo pedido de Ronnie Lessa para voltar a presídio no Rio
Ronnie Lessa, acusado de ser o executor do homicídio da vereadora Marielle Franco, está preso no presídio de segurança máxima de Campo Grande
A Justiça Federal do Mato Grosso do Sul negou um novo pedido do ex-policial Ronnie Lessa, acusado de ser o executor do homicídio da vereadora Marielle Franco, para ser transferido para um presídio do Rio de Janeiro. Ele está preso em um presídio de segurança máxima de Campo Grande.
“Indefiro o requerimento da defesa constituída, mantendo o inteiro teor da decisão que renovou o prazo de permanência do interno RONNIE LESSA no sistema penitenciário federal, uma vez que a jurisprudência dominante informa que não cabe ao Juízo Corregedor fazer juízo de valor sobre a decisão do Juízo de origem, que autorizou a renovação/inclusão do preso em Presídio Federal”, escreveu o juiz Luiz Augusto Iamassaki Fiorentini, da 5ª Vara Federal de Campo Grande.
A defesa de Lessa havia alegado que a manifestação do Ministério Público do Rio de que ele poderia “perpetuar suas articulações criminosas de dentro do estabelecimento prisional” do estado “não encontra respaldo fático”.
“(…) isto porque, o período que o Requerente ficou em Bangu I, antes de ser transferido ao sistema federal, sequer foi mencionado sobre este ter manipulado a máquina pública. Ora, se a presunção de que suas articulações criminosas fossem verídicas, poder-se-ia presumir que teria naquele momento diversas regalias, empreendido fuga, ou nem mesmo ter sido transferido para penitenciária federal de segurança máxima”, escreveu o advogado Saulo Carvalho.
Nos últimos meses, Ronnie Lessa firmou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República (PGR). Aos investigadores, ele mencionou como mandante dos crimes o deputado Chiquinho Brazão, o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio Domingos Brazão, e o delegado Rivaldo Barbosa. Os três foram presos no último dia 24.
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