Crusoé: Rússia enfia narrativa de guerra da Ucrânia na goela da América Latina
Embaixada russa foi ao X (ex-Twitter) para afirmar (sem provas) o que seria uma infiltração de "empresas militares americanas"
As embaixadas da Rússia e dos Estados Unidos no México deixaram de lado seus papéis diplomáticos junto ao governo daquele país e, nesta semana, acusaram-se mutuamente de usar a América Latina na guerra da Ucrânia. O governo de Moscou passou a acusar Washington de recrutar narcotraficantes para a Ucrânia, que está com um número reduzidos de soldados para combater a invasão russa em seu território.
Nesta terça-feira, 9, a embaixada russa foi ao X (ex-Twitter) para revelar (sem provas) o que seria uma infiltração de “empresas militares americanas”, que estariam prospectando novos recrutas no narcotráfico colombiano e mexicano para combater a Rússia, ao lado das forças armadas de Kiev.
“O primeiro lote de ‘um par de centenas destes valentões’ está programado para ser lançado na zona de combate no verão deste ano”, escreveu a embaixada, atribuindo a informação ao Serviço de Inteligência Estrangeiro (SVR) da Rússia. “Se aceitam a ‘viagem de negócios’, aos prisioneiros recrutados nas prisões americanas se promete uma anistia total com a esperança que nunca voltem.”
A mensagem, claro, não pode ser levada em seu valor de face — já que é claro o tamanho da máquina de desinformação a serviço do governo russo e seu uso em todo o mundo, inclusive no Brasil, como mostramos no começo do ano. Não há nenhuma prova que embase a afirmação russa.
Não à toa, a mensagem dita informativa acaba com a clássica provocação direcionada: “O SVR ainda disse que a administração do presidente americano Joe Biden na verdade estaria afirmando sua impotência e demonstrando mais uma vez o fracasso do regime que ela alimenta em Kiev”, concluiu.
Quem não levou a história a sério foi a embaixada americana no país, que se valeu de um velho ditado mexicano: “a calúnia, quando não mancha, suja”, escreveu em resposta.
A Ucrânia passa…
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