Gilmar e Bolsonaro já entraram para a história
E não foi exatamente como adversários. Quem estranha a aliança entre o ex-presidente e o irmão do decano do STF não estava prestando atenção direito
“Isso aí já entrou para a história”, disse Francisco Mendes, irmão do decano do STF, Gilmar Mendes, sobre o apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro a sua pré-candidatura a prefeito de Diamantino (MT). Ele falou no domingo, 8, quando recebeu a visita de Bolsonaro, mas a história de harmonia entre essas duas famílias começou muito antes.
Firmada em um encontro na casa de Francisco Mendes, mais conhecido como Chico Mendes, a aliança incluiu uma rápida conversa por telefone entre Bolsonaro e Gilmar Mendes, segundo a Folha de S.Paulo.
Além da aliança partidária, que renderá ao PL a indicação do vice na chapa de Francisco Mendes, a visita de Bolsonaro ao irmão de Gilmar foi um gesto para aparar arestas com o ministro.
“Se houve alguma aresta entre os dois, acredito que isso [a aliança] representa uma aproximação”, disse o senador Wellington Fagundes (PL-MT), que intermediou a conversa entre Bolsonaro e Gilmar, ao jornal.
O ex-presidente em Diamantino
Além de ir à residência de Francisco Mendes e conversar com Gilmar por telefone, Bolsonaro visitou o comércio local de Diamantino e participou de um ato no aeroporto da cidade.
“Mato Grosso é um estado do agro. É um estado promissor. O agro nos orgulha e nos engrandece perante todo o mundo. Aqui o nosso pré-candidato é o Chico Mendes”, disse Bolsonaro em evento.
O ex-presidente teve uma grande votação em Diamantino, em 2022. Na eleição presidencial, Bolsonaro recebeu 62,9% dos votos válidos, ante 37,1% de Lula no município.
A relação entre Bolsonaro e Gilmar
Embora Gilmar Mendes tenha criticado Bolsonaro publicamente, antecipando sua posição sobre os casos que ainda estão em fase de inquérito, o entendimento entre o decano e o ex-presidente não surpreende.
Quando estava no poder, o ex-presidente distribuiu cargos a marido de assessora de Gilmar, assim como a primo e a advogado do ministro.
Gilmar votou pelo foro privilegiado retroativo de Flávio Bolsonaro, filho mais velho do ex-presidente.
Parceiros ou adversários?
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