A petroleira Enauta divulgou Fato Relevante informando sobre a aprovação pelo Conselho de Administração da companhia de uma proposta para a combinação de negócios com a 3R Petroleum. A sugestão da Enauta é ficar com 47% da nova empresa, enquanto os restantes 53% ficariam com a 3R.

Em outro comunicado ao mercado, a 3R informa que a Diretoria da companhia deve direcionar esforços para a avaliação da proposta para produzir um posicionamento em até 30 dias corridos. Além disso, o Conselho de Administração da petroleira deliberou que o processo em curso para uma possível combinação com a PetroReconcavo fossem momentaneamente suspensos.

De acordo com a Enauta, a “produção potencial da combinação supera 100 mil barris de óleo equivalente om oportunidade de crescimento composto nos próximos 5 anos, e reservas operadas superiores a 770 milhões de barris“.

A empresa também destaca o ganho de governança com a possível fusão que, segundo a carta enviada à 3R, seria “estado da arte, com acionistas de referência diversificados, sob a forma de uma verdadeira corporação, com conselho de admnistração majoritariamente independente e um time executivo experimentado“.

Do ponto de vista financeiro, a Enauta defende que com um balanço sólido e rápida desalavancagem, a empresa fruto da combinação teria “elegibilidade a rating em níveis de investment grade, acesso competitivo a capital e alta capacidade de alavancagem“.

Desde meados de fevereiro, as ações da Enauta tem observado forte valorização de 53,43%. No mesmo período os papéis da 3R avançaram 22,14%. Após essas altas, cada empresa passou a valer cerca de 8 bilhões de reais no mercado, o que faria com que o novo negócio combinado se aproximasse da marca de 16 bilhões de reais.

Se a fusão for aprovada, esse pode ser o início de uma fase de consolidação do setor óleo e gás no Brasil, que conta com cerca de 90 operadoras independentes, com dez delas listadas na bolsa de valores.