Campos Neto alfineta Lula: “Inflação para a meta, com mínimo de custo”
Em queda nas pesquisas, o presidente Lula atacou no início de março o presidente do Banco Central em função da taxa básica de juros
O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, respondeu às críticas do presidente Lula e da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, sobre a condução da política monetária nacional.
Ao falar sobre o relatório de inflação nesta quinta-feira, 28, Roberto Campos Neto declarou que está atingindo a meta, com “o mínimo custo para a sociedade”.
“O objetivo é fazer a inflação atingir a meta, que é determinada pelo governo, pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O objetivo é trazer essa inflação para a meta com o mínimo de custo para a sociedade”, disse o presidente do BC.
“O mínimo de custo em termos de crescimento, desemprego, retração de crédito. Quando a gente olha para o que foi feito no último um ano e meio, o Brasil está fazendo a inflação convergir, ainda que a última milha seja mais dolorida. O BC promoveu um processo de convergência a um custo muito baixo”, declarou o executivo.
Em queda nas pesquisas, o presidente Lula (PT) atacou no início de março o presidente do Banco Central em função da taxa básica de juros.
“Esse cidadão, quando ele deixar o Banco Central, ele vai ter de medir o que ele fez para esse país. Porque, na verdade, o que ele está fazendo nesse instante é contribuir para o atraso do crescimento econômico desse país”, disse Lula.
“O que ele está contribuindo é para que o povo brasileiro fique mais tempo esperando a oportunidade de trabalhar, de ganhar um pouco a mais de salário. E isso não tem explicação”, acrescentou.
Lula em queda
A reprovação de Lula subiu nove pontos em seis meses na capital paulista, indica pesquisa Datafolha divulgada nesta terça-feira, 12. A aprovação caiu 7 pontos. Hoje, a gestão do petista é considerada ótima ou boa por 38% dos paulistanos, enquanto outros 28% a avaliam como regular, e 34% como péssima. Apenas 1% não soube responder.
Na última pesquisa realizada pelo instituto, em agosto de 2023, a gestão de Lula era aprovada por 45% dos eleitores da capital paulista. Naquela época, seu governo era considerado regular por 29% dos paulistanos, enquanto 25% o consideravam ruim ou péssimo.
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