Os homens de Marcola nas ruas
Patrick Velinton Salomão, o Forjado, e Pedro Luiz da Silva Soares, o Chacal, são os principais representantes de Marcola no PCC
Enquanto os rivais de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, articulam a criação de uma nova facção criminosa em São Paulo, dois nomes despontam no Primeiro Comando da Capital (PCC): Patrick Velinton Salomão, o Forjado, e Pedro Luiz da Silva Soares, o Chacal. Em liberdade, eles são os principais representantes de Marcola na organização criminosa.
Como registrou o Uol, Forjado deixou a Penitenciária Federal de Brasília em fevereiro de 2022 e assumiu a “sintonia final” do PCC, termo usado para se referir à cúpula da facção, entre 2017 e 2018, cargo que assumiu por indicação de Marcola. Ele já ocupou também o posto de “sintonia geral” nos anos de 2013 e 2014, posição abaixo apenas da “sintonia final”, e foi condenado a 15 anos de prisão por diversos crimes, incluindo tráfico de drogas, porte ilegal de arma, formação de quadrilha, roubo e homicídio.
Chacal, por sua vez, deixou a Penitenciária Federal de Mossoró em outubro de 2023. Assim como Forjado, ele também foi indicado por Marcola para assumir a função de “sintonia final” em 2018. Seu padrinho na facção é Júlio César Guedes de Moraes, conhecido como Julinho Carambola. Chacal foi preso em 2015 após liderar um assalto a um caixa eletrônico em Bauru, no interior de São Paulo, no qual três assaltantes morreram e outros seis, incluindo Chacal, foram detidos.
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) acredita que Forjado e Chacal estariam em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, fortalecendo o tráfico de drogas da facção. Além disso, eles estariam envolvidos no planejamento de sequestros de autoridades públicas e agentes penitenciários para utilizar como moeda de troca na libertação de líderes do PCC detidos em penitenciárias federais.
Ambos são considerados os principais aliados de Marcola em liberdade e são responsáveis por tomar decisões em nome do grupo criminoso.
O racha no PCC
O MP-SP apura um suposto racha entre as lideranças do Primeiro Comando da Capital.
Segundo informações interceptadas pelo Grupo de Atuação Especial e de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), membros da cúpula do PCC comunicaram, em fevereiro, a expulsão de três integrantes de alto escalão da organização: Roberto Soriano, o Tiriça, Abel Pacheco de Andrade, o Vida Loka, e Wanderson Nilton de Paula Lima, o Andinho.
Tiriça, que era o número dois na hierarquia do PCC até fevereiro, ficou insatisfeito com uma conversa gravada entre Marcola policiais penais da Penitenciária Federal de Porto Velho, na qual o chefe da facção criminosa paulista atribuiu ao comparsa a responsabilidade por atentados contra agentes públicos.
O áudio foi utilizado na condenação de Tiriça a 31 anos e seis meses de prisão pelo assassinato da psicóloga Melissa de Almeida Araújo, da Penitenciária Federal de Catanduvas (PR), em maio de 2017.
Após obterem acesso à gravação, Tiriça, Vida Loka e Andinho passaram a ver Marcola como delator.
Primeiro Comando Puro
Os rivais de Marcola articulam a criação do Primeiro Comando Puro, uma nova facção criminosa em São Paulo que pode se aliar ao Comando Vermelho (CV) do Rio de Janeiro para fazer frente ao PCC e quebrar a hegemonia do grupo de Marcola no tráfico internacional de drogas.
A nova facção criminosa poderá ser uma espécie de Terceiro Comando Puro (TCP), dissidência do CV aliada ao PCC no estado fluminense.
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