No dia 8 de fevereiro, quando a Polícia Federal fechou o cerco contra o ex-presidente Jair Bolsonaro na operação “Tempus Veritatis” e confiscou seu passaporte, impedindo que ele deixasse o país, o primeiro-ministro húngaro Viktor Orbán dof um dos que saíram em defesa imediata do brasileiro. Considerado um autocrata — e figura política de direita alinhada com Bolsonaro — Orbán saudou o que chamou de “um patriota honesto”. O líder húngaro o animou: “Continue lutando, sr. Presidente!” E provavelmente o convidou para mais do que uma luta, já que quatro dias depois, Bolsonaro entrou na embaixada húngara em Brasília uma aparente solicitação de asilo político sob os domínios de Orbán — e longe da Justiça brasileira.

An honest patriot. Keep on fighting, Mr. President! @jairbolsonaro pic.twitter.com/5mmmIAGGC3

— Orbán Viktor (@PM_ViktorOrban) February 8, 2024

O jornal americano The New York Times revelou nesta segunda-feira, 25, imagens que mostram que o ex-presidente Bolsonaro passou 48 horas na embaixada da Hungria, quatro dias após a Operação Tempus Veritatis. A operação investigava uma trama para golpe de Estado e apontava uma reunião em junho de 2022 onde o então presidente planejava “virar” a mesa em caso de vitória de Lula..

O NYT sugere que Bolsonaro estava tentando uma aproximação com Viktor Orban com planos de escapar do sistema judicial brasileiro. A amizade com a Hungria lhe seria útil nesse caso, já que a embaixada é inviolável e não pode ser invadida por forças policiais do país que recebe os diplomatas. Bolsonaro já confirmou ao portal Metrópoles que esteve ná representação, mas para falar de “assuntos do interesse do nosso país”. “Não…

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