Conselho de Ética tem pressa com Brazão
Leur Lomanto Júnior, presidente do Conselho de Ética, prometeu “pautar de imediato” a cassação do deputado acusado de ser o mandante da morte de Marielle Franco
O presidente do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados, o deputado Leur Lomanto Júnior (União-BA), prometeu “pautar de imediato” a cassação do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ, foto), acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
“Vou pautar de imediato. Assim que a representação chegar no Conselho irá ser convocada imediatamente reunião para conselho para a escolha de relator e dar início ao processo legal”, disse o parlamentar ao G1.
O pedido foi protocolado pelo PSOL no domingo, 24, após a prisão de Chiquinho Brazão.
Chiquinho Brazão, um risco para as investigações
Ao solicitar a cassação de Chiquinho Brazão, o PSOL argumentou que o parlamentar fluminense poderia utilizar o cargo para atrapalhar as investigações, além de manchar a imagem da Câmara dos Deputados.
“A sua cassação é uma necessidade: a cada dia que o representado continua como deputado Federal, é mais um dia de mácula e de mancha na história desta Câmara. Sua cassação é impositiva: para evitar que ele utilize do cargo para obstruir a justiça – impedindo, assim, o cometimento de outros crimes”, diz a representação.
Presos
No domingo, 24, Chiquinho Brazão e o seu irmão, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio Domingos Brazão, além do delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, foram presos acusados de serem os mandantes do assassinato de Marielle.
Como mostramos, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, determinou o bloqueio das contas dos três suspeitos. O vice-procurador-geral da República Hindemburgo Chateaubriand Filho sugeriu o bloqueio para garantir uma reparação às vítimas.
Chiquinho também será alvo de representações do Ministério Público junto ao TCU. O subprocurador Lucas Furtado quer que a Câmara suspenda o pagamento de salário ao deputado federal.
A executiva nacional do União Brasil também aprovou a expulsão do deputado federal Chiquinho Brazão.
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