O universo do futebol brasileiro presenciou um novo capítulo na última quinta-feira, 21, com o anúncio da saída de Alexandre Mattos, diretor de futebol do Vasco da Gama.

A decisão, comunicada pelo CEO do clube, Lúcio Barbosa, em coletiva de imprensa, aponta para uma “quebra de confiança” como principal motivo do desligamento.

Qual foi o motivo da saída de Alexandre Mattos

Lúcio Barbosa explicou a demissão como fruto de uma combinação de fatores, tendo a quebra de confiança como elemento central.

Apesar do clamor por detalhes, o CEO preferiu manter uma postura reservada, evitando expor os meandros da decisão.

“Gostaria de agradecer e comunicar o desligamento de Alexandre Mattos, um dos maiores diretores do Brasil. Houve uma quebra de confiança. Sem confiança, não conseguimos seguir com o trabalho” disse Lúcio

No entanto, é sabido que vazamentos de conversas de Mattos, especialmente críticas dirigidas à gestão da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) pelo Vasco e à 777 Partners, jogaram luz sobre divergências internas.

“Acho que foi uma conjunção de fatores, mas o principal que eu posso citar aqui é realmente a quebra de confiança que aconteceu, foi exatamente isso que eu falei pra ele hoje. Vocês acompanharam aí o que aconteceu, então a gente não precisa entrar em todos os detalhes. A gente não vai citar mais detalhes até em respeito aos nossos processos, ao nosso compliance, ao nosso jurídico. E eu tenho certeza que o Alexandre entendeu. A gente tinha conversado ontem já por telefone e hoje a conversa foi pessoalmente. Então, o principal motivo de fato foi a quebra de confiança” completou Lúcio Barbosa.

Desentendimento na equipe técnica?

Durante a coletiva, emergiram questionamentos sobre um possível desacordo entre Mattos e a equipe técnica de Ramón Diaz.

Barbosa admitiu a existência de divergências, mas ressaltou sua resolução. Além disso, abordou questões de autonomia e gestão, refutando a ideia de que Mattos teria capacidade limitada para atuar:

“Existe autonomia, existe um planejamento de curto, médio e longo prazo”, afirmou o CEO, destacando o Vasco como o ativo mais valioso.

Uma “comissão” temporária no Vasco

Em face à vacância deixada por Mattos, o Vasco introduz uma comissão temporária para gerir o futebol.

A iniciativa inclui membros do departamento de scout do clube e representantes da 777 Football Group, bem como da comissão técnica de Ramón Diaz.

O CEO expressou confiança na equipe atual, apesar de afirmar que o clube permanece aberto a reforços para melhorar o desempenho nas competições futuras.

A política de contratações do Vasco segue ativa, especialmente com o Campeonato Brasileiro à espreita.

Embora não existam nomes confirmados para substituir Mattos, o clube dialoga com potenciais candidatos para ocupar a posição de diretor de futebol.

A grandeza do Vasco e a busca por um desempenho competitivo mais sólido fundamentam o processo de seleção.

Vasco em momento de reestruturação

O cenário atual no Vasco evidencia o desafio constante de balancear expectativas, gestão interna e resultados em campo. A saída de Alexandre Mattos desenha um momento de reflexão e reestruturação no clube.

Com uma abordagem baseada no diálogo, transparência e estratégia a longo prazo, o Vasco busca restaurar sua força no panorama do futebol brasileiro.