Blinken chega em Israel para tentar acordo sobre trégua em Gaza
O secretário de Estado norte-americano chegou nessa sexta-feira, 22 de março, em Israel, em um delicado contexto no qual o Conselho de Segurança da ONU deve decidir em breve sobre uma resolução dos Estados Unidos pedindo um “cessar-fogo imediato” em Gaza.
O secretário de Estado norte-americano chegou nessa sexta-feira, 22 de março, em Israel, em um delicado contexto no qual o Conselho de Segurança da ONU deve decidir em breve sobre uma resolução dos Estados Unidos pedindo um “cessar-fogo imediato” em Gaza.
Antony Blinken se encontrou com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para tentar garantir um acordo de trégua.
O texto do projeto de resolução ao Conselho de Segurança da ONU sobre um “cessar-fogo imediato ligado à libertação de reféns” que deve ser submetido esta sexta-feira, 22 de março, à votação do Conselho de Segurança, sublinha “a necessidade de um cessar-fogo imediato e duradouro para proteger os civis de todos os lados, para permitir a prestação de ‘ajuda humanitária essencial’.
A polêmica operação militar em Rafah
“Existem maneiras melhores de administrar a ameaça do Hamas”, disse Blinken na quinta-feira, 22, contrapondo-se a uma possível invasão terrestre de Rafah, uma cidade na fronteira egípcia onde estão aglomeradas palestinos deslocados pela guerra.
Os 27 países da União Europeia também instaram Israel, na quinta-feira, 22, a não lançar uma operação em Rafah e apelaram a uma “pausa humanitária imediata”.
Apesar da pressão internacional, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirma que uma ofensiva contra Rafah é necessária para “derrotar” militarmente o Hamas em Gaza e evitar outro 7 de Outubro.
Estados Unidos, Catar e Egito debatem trégua em Gaza
As discussões sobre uma trégua continuam em Doha entre representantes dos Estados Unidos, Catar e Egito. David Barnea, o chefe da Mossad, o serviço de inteligência israelense, deverá reunir-se esta sexta-feira, 22, com o diretor da CIA, William Burns, bem como com o primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdelrahman Al-Thani, e com o chefe do serviço de inteligência egípcio, Abbas Kamel.
Depois de exigir um cessar-fogo definitivo, o Hamas mudou de posição na semana passada, aceitando o princípio de uma pausa de seis semanas nos combates. Mas parecem persistir disputas sobre a troca de reféns israelenses detidos em Gaza por palestinos presos em Israel.
Enquanto os diplomatas estão ocupados, os confrontos continuam em todo o território palestino, nomeadamente dentro e ao redor do hospital al-Shifa, o maior do território, onde o exército israelense afirmou na sexta-feira, 22, ter matado mais de 150 combatentes do hamas e prendido centenas de suspeitos desde o início do conflito.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)