Crusoé: Regime prende chefe de campanha de Corina Machado
Esta foi a segunda ofensiva de Maduro em março sobre a campanha presidencial de Corina Machado, que oficialmente está inelegível.
A líder da oposição da Venezuela, Maria Corina Machado (foto), denunciou nesta quarta-feira, 20 de março, que o regime de Nicolás Maduro deteve o seu chefe de campanha.
“O regime de Maduro desencadeia uma repressão brutal contra as minhas equipas de campanha. Prendeu Henry Alviarez, Coordenador da Organização Nacional do meu Comando de Campanha, e Dignora Hernández, Coordenadora Política”, publicou Corina Machado no X pelo final da tarde desta quarta.
“Além disso, emitiu mandados de prisão contra vários outros membros do Comando Nacional, incluindo o meu Chefe de Campanha, Magalli Meda. Estas ações covardes visam fechar o caminho da Venezuela para a mudança e a liberdade na paz e na democracia”, acrescentou.
O regime de Maduro oficializou a informação com anúncio do procurador-geral, Tarek William Saab.
Ele anunciou as detenções de Alviárez e Hernández, as únicas efetuadas nesta quarta até o final da tarde. Ao total, foram expedidos nove mandados de prisão.
Quem mais da campanha já foi preso?
Esta foi a segunda ofensiva de Maduro em março sobre a campanha presidencial de Corina Machado, que oficialmente está inelegível.
No dia 9, a candidata extraoficial denunciou o sequestro do diretor do seu comando de campanha do estado de Barinas, no oeste venezuelano, pelo regime de Nicolás Maduro.
“Denuncio aos venezuelanos e ao mundo que o regime de Nicolás Maduro sequestrou o nosso Diretor do Comando de Campanha do estado de Barinas, Emill Brandt, poucas horas depois de eu ter visitado este estado”, publicou Corina Machado em seu perfil no Instagram.
Na publicação, a ex-deputada também relembrou que teve dirigentes de sua campanha sequestrados em mais outros três estados.
“Há 47 dias sequestraram nossos Diretores dos Comandos de Campanha dos estados de Trujillo, Vargas e Yaracuy, que hoje estão presos em El Helicoide, o maior centro de tortura da América Latina”, disse, em referência ao centro de detenção do serviço de Inteligência chavista, em Caracas.
Corina Machado descreveu o sequestro de Brandt como “mais uma violação do já pisoteado Acordo de Barbados e mostra que Maduro optou por continuar ‘da maneira mais difícil’”.
“Exigimos uma reação firme de todos os atores nacionais e internacionais que apoiam uma verdadeira eleição presidencial na Venezuela”, disse a ex-deputada na publicação deste sábado.
“Continuaremos a viajar por todo o nosso país na construção de cada vez mais força e organização cidadã para alcançar a vitória eleitoral este ano”, acrescentou.
Quem é Corina Machado?
Corina Machado foi a vencedora das primárias da oposição unificada em outubro, com quase 90% dos votos, ou mais de 2 milhões de eleitores.
Três meses depois do triunfo, em janeiro, a ex-deputada foi determinada inelegível pela Suprema Corte venezuelana, composta por ministros apontados por Maduro.
O processo foi notório por irregularidades, como…
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