A coletiva do presidente do FED (Federal Reserve), Jerome Powell, ajudou a impulsionar rali de risco global antes da decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) por aqui. Durante a fala, Powell afirmou que os dados mais recentes de inflação podem ter sido impactados por fatores sazonais e que a inflação desacelerou substancialmente.

O presidente da autoridade monetária americana também mencionou que seria apropriado para o FED considerar cortar as taxas de juros neste ano. A declarações tiveram impacto significativo nos mercados financeiros, com o dólar caindo mais de 1% contra o real, chegando a 4,97 reais, e as taxas do DI futuro recuando mais de 10 pontos base em vencimentos intermediários e longos.

Agora, os investidores voltam as atenções para o Copom, que deve anunciar um corte de 0,50 ponto percentual na taxa Selic. O foco está nas indicações sobre futuros cortes de juros. Parte do mercado acredita que pode haver uma mudança na linguagem do BC sobre cortes de igual magnitude “nas próximas reuniões”, o que indicaria uma possível redução no ritmo de cortes de 0,50 ponto percentual.

A curva de juros futuros precificando apenas mais um corte 50 pontos base após a redução a ser anunciada nesta quarta-feira, 20, e uma taxa terminal acima de 9,5% até o final de 2024.

Ibovespa sobe com melhora no humor global

O Ibovespa encerrou a sessão em alta de 1,25%, aos 129, 1 mil pontos, em linha com o alívio nos mercados externos. As ações da Petrobras (1,75% PN; 2,08% ON) foram as principais contribuições para o avanço do indicador, que ainda contou com a ajuda dos papéis da B3 S.A. (3,57%) e Vale (0,67%).

Do lado negativo, as ações de Prio (-3,58%); Suzano (-1,26%) e Natura (-1,19%) foram as principais detratoras do Ibovespa, que teve somente nove dos 86 papéis que compõem o indicador encerrando a sessão no vermelho.