O Brasil enfrenta uma situação preocupante no que diz respeito aos casos de dengue. Desde o início do ano, o país já registrou 1.937.651 casos da doença, sendo 16.494 considerados graves ou com sinais de alerta. Com um coeficiente de incidência de 954,2 casos para cada grupo de 100 mil habitantes, a dengue se tornou uma grande preocupação para as autoridades de saúde.

De acordo com dados apresentados pelo Ministério da Saúde, os três primeiros meses de 2024 tiveram mais casos graves de dengue do que o mesmo período do ano anterior. Essa é uma tendência preocupante, já que 2023 foi o ano com o maior número de casos graves da doença na série histórica.

Gravidade da situação

A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, ressaltou a gravidade da situação, afirmando que há um aumento significativo no número de pessoas buscando atendimento médico com quadros graves da doença. Isso é um alerta importante para todos nós, avaliou Ethel.

Atualmente, 11 estados brasileiros já declararam situação de emergência em saúde pública por causa da dengue: Acre, Amapá, Distrito Federal, Goiás, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Além disso, há 350 municípios que emitiram decretos municipais, sendo 178 apenas em Minas Gerais.

Idosos são os mais afetados pela dengue

Os dados também revelam que os idosos são os mais afetados pela doença, sendo responsáveis pela maioria das mortes. Entre os indivíduos com idade entre 60 e 69 anos, foram registrados 91 óbitos; entre 70 e 79 anos, 128 óbitos; e entre pessoas com 80 anos ou mais, 134 óbitos.

O tempo médio entre o início dos sintomas e a notificação do caso de dengue é de 4 dias, assim como o tempo médio entre o início dos sintomas e a internação. Já o tempo médio entre o início dos sintomas e o óbito é de 6 dias, enquanto o tempo médio entre o início dos sintomas e os sinais de gravidade é de 5 dias.

A secretária Ethel ressalta a importância do monitoramento da doença a partir do quarto dia de sintomas. Esse acompanhamento pode ser crucial para salvar vidas, alerta a especialista.

Com informações da Agência Brasil