Crusoé: o que diz agora pesquisa que previu eleição de Milei
Milei mantém apoio às políticas de austeridade, mas sem tanta paciência, possível indicador de que a lua de mel está se encerrando
A pesquisa mais recente da consultoria brasileira AtlasIntel aponta que o governo de Javier Milei, na Argentina, mantém apoio às políticas de austeridade, mas sem tanta paciência, possível indicador de que a lua de mel está se encerrando.
De acordo com o estudo, divulgado no aniversário de 100 dias do governo, nesta terça-feira, 19 de março, 47,7% dos argentinos aprovam a gestão de Milei, contra 47,6%. Outros 4,6% não souberam opinar.
Assim, a aprovação da gestão está em empate técnico, visto que a margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
A avaliação do governo, em geral, também está polarizada. Cerca de 45% avaliam o governo como “mal ou muito mal” e 43,5%, como “excelente ou bom”, e 10,5%, como “regular”.
O cenário fica mais detalhado quando a AtlasIntel questionou pontos específicos das políticas do governo.
Exatos 49% avaliam como “excelente” ou “boa” a gestão econômica e a responsabilidade fiscal, contra 46% de “péssima” ou “má”.
Uma vantagem de 3 pontos percentuais, ou seja, ainda dentro da margem de erro, todavia, maior que a da avaliação geral da gestão do presidente.
A melhor avaliação das políticas do governo dizem sobre “transparência e luta contra a corrupção”. São 6 pontos percentuais de vantagem (51% a 45%), a única diferença favorável acima da margem de erro.
Ao longo dos primeiros 100 dias, a Casa Rosada anunciou uma série de auditorias de gastos públicos, em especial aos planes sociales, programas de assistência terceirizados a sindicatos e movimentos sociais.
A área social é, justamente, o mais relevante ponto fraco do governo.
Exatos 52% dos argentinos classificam como “péssima” ou “má” a a atuação do governo Milei em “emprego, políticas sociais e redução da pobreza”. Menos de 40% o aprovam nessa área.
A desvantagem é de 13 pontos percentuais, a mesma vista na avaliação de políticas para “educação e cultura”.
Em “saúde”, apenas 34% aprovam o governo, contra 53%. Um saldo negativo de 18 pontos percentuais.
Segundo o CEO da AtlasIntel, Andrei Roman, o pessimismo é “a pior notícia” para Milei.
“A grande maioria sofre o impacto do ajustamento fiscal e a euforia inicial…
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