“Estamos ultrapassando os limites da computação como conhecemos”
O CEO da Nvidia, Jensen Huang, anunciou que seu novo supercomputador, em associação com a Amazon, será seis vezes mais rápido que o planejado
A Nvidia, em colaboração com a Amazon, anunciou uma atualização significativa para o Projeto Ceiba, prometendo um aumento de seis vezes na capacidade de processamento deste futuro supercomputador.
O CEO da Nvidia, Jensen Huang, destacou a importância dessa evolução: “Com o Blackwell, estamos não apenas ultrapassando os limites da computação como conhecemos, mas também pavimentando o caminho para avanços significativos em pesquisa e desenvolvimento.” A Amazon Web Services (AWS) hospedará o supercomputador, marcando uma parceria estratégica entre as duas gigantes tecnológicas.
Este desenvolvimento tem implicações de longo alcance, não apenas para a Nvidia e Amazon, mas também para campos como a inteligência artificial, biologia digital e previsão climática. “O Ceiba abrirá novas fronteiras em nossa capacidade de resolver problemas complexos e conduzir pesquisas que eram inimagináveis até agora”, afirma um especialista da indústria.
O Projeto Ceiba inicialmente pretendia atingir uma capacidade de processamento de 65 exaflops. No entanto, com a incorporação da nova arquitetura Blackwell, a meta foi ajustada para 414 exaflops. “Exaflop” é uma medida de velocidade de processamento, que mede a capacidade de um computador realizar um quintilhão de operações de ponto flutuante por segundo.
Este avanço na capacidade de processamento do Projeto Ceiba tem o potencial de acelerar pesquisas e inovações em campos que dependem de grandes volumes de cálculos complexos, como inteligência artificial, análises climáticas, modelagens científicas e simulações de alta precisão.
Nvidia perto de valer US$ 2 trilhões
A Nvidia está perto de alcançar uma avaliação de mercado de US$ 2 trilhões, um marco alcançado apenas poucos meses após registrar US$ 1 trilhão. Esse crescimento é atribuído ao seu papel predominante na inovação em inteligência artificial (IA), com suas unidades de processamento gráfico (GPUs) abarcando mais de 80% do mercado.
A demanda pelas GPUs da Nvidia superou a oferta, levando a uma valorização significativa desses componentes. Consequentemente, empresas concorrentes estão empenhadas no desenvolvimento de chips alternativos, visto que a disponibilidade de GPUs da Nvidia se tornou um fator crítico no desenvolvimento de tecnologias de IA.
Fletcher Previn, CIO da Cisco, destacou a segurança na entrega desses chips, indicando que são transportados por carros-fortes devido à sua alta demanda e valor.
Jensen Huang, CEO da Nvidia, comentou sobre o impacto da IA generativa no setor, projetando um aumento no número de data centers globalmente nos próximos cinco anos. Esta expansão representa oportunidades significativas para a Nvidia no mercado.
A empresa anunciou vendas de US$ 22,1 bilhões no último trimestre, com expectativas de alcançar US$ 24 bilhões no próximo. Este resultado marca um aumento substancial em relação ao ano anterior, superando as projeções de analistas.
Originalmente focada em chips gráficos para jogos de PC, a Nvidia expandiu seu escopo para IA em 2006, permitindo que seus chips fossem utilizados em aplicações além de gráficos. Esse movimento estratégico colocou a Nvidia na vanguarda do desenvolvimento de IA.
O aumento na demanda por chips de IA levou não só a Nvidia, mas também competidores como AMD, ARM, Intel, e gigantes da computação em nuvem como Google e Amazon, a acelerarem o desenvolvimento de chips focados em IA.
Apesar da competição, analistas e executivos do setor apontam que as vantagens da Nvidia são reforçadas pela complexidade do software desenvolvido pela empresa ao redor de seus chips, estabelecendo uma base difícil de ser alcançada por concorrentes num futuro próximo.
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