Felicidade dos brasileiros é relativa, mostra Ipsos Felicidade dos brasileiros é relativa, mostra Ipsos
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Felicidade dos brasileiros é relativa, mostra Ipsos

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Carlos Graieb
3 minutos de leitura 19.03.2024 13:01 comentários
Brasil

Felicidade dos brasileiros é relativa, mostra Ipsos

Brasil aparece no topo de ranking geral, mas mergulho nos dados revela descontentamentos com o país e também com a vida privada

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Carlos Graieb
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Felicidade dos brasileiros é relativa, mostra Ipsos
A praga dos privilégios

O instituto Ipsos divulgou nesta segunda-feira (18) a pesquisa Global Happiness 2024, que mede o grau de felicidade de 30 países, em todos os continentes. O Brasil aparece em quinto lugar no ranking geral, atrás de Holanda, México, Indonésia e Índia. Mas os detalhes da pesquisa lançam algumas sombras e algumas dúvidas sobre esse sentimento. 

Diante da pergunta “levando tudo em consideração, você diria que está muito, bastante, relativamente ou nada feliz?”, foram 81% os brasileiros que se enquadraram no campo da felicidade – contra 71% da média dos países pesquisados. 

O instituto, no entanto, fez 30 perguntas mais específicas, sobre quatro dimensões relacionadas à felicidade: família e amigos; bem estar; economia e política; escola, trabalho e qualidade de vida. Em quase todas elas, os brasileiros se mostraram um pouco abaixo da média mundial. Em 11 casos, perto do final do ranking. 

Segurança é ponto baixo

Dos 30 países pesquisados, o Brasil é aquele onde as pessoas se sentem mais insatisfeitas com a sua segurança pessoal. Apenas 53% se disseram felizes com esse quesito, deixando o país no final da lista.  

Outros itens em que os brasileiros aparecem nas cinco posições finais do ranking são: em relação aos filhos (27ª posição; 78% de felicidade); aos amigos (27ª ; 69%); ao parceiro ou esposo (27ª ; 78%); a sentirem-se amados (27ª ; 68%); às suas atividades físicas (26ª ; 55%); à liberdade para dizer e fazer o que pensam (27ª ; 62%); ao seu acesso a informações (28ª ; 64%); à sua aparência física (27ª ; 62%); ao seu contato com a natureza (26ª ; 72%); aos seus colegas de trabalho (27ª ; 68%). 

As questões políticas e econômicas são aquelas que resultam em maior insatisfação na maioria dos países. Também nesses casos os brasileiros se mostram na média ou abaixo dela. 

São 40% os que se dizem felizes com a situação política e social do país, contra uma mediana de 39%.

Em relação à situação da economia, a média é de 40% e só 34% dos brasileiros se mostram satisfeitos.  

Quanto às condições de vida: 63% de felicidade dos brasileiros, face a uma média de 72%.  

Dá para confiar?

Pesquisas recentes têm posto em dúvida a precisão e mesmo a validade dos índices de felicidade, diante de propostas para que eles substituam outros indicadores, como o Produto Interno Bruto (PIB), na condução de políticas públicas.  

Vários economistas vencedores do prêmio Nobel se dedicam ao assunto, em parceria com organizações como ONU, OCDE e União Europeia. Mas até entusiastas do projeto, como o pesquisador da Universidade da California Daniel Benjamin, reconhecem que os resultados ainda estão longe de ser confiáveis, sobretudo porque bem-estar e felicidade tendem a significar coisas diferentes em diferentes países, criando ambiguidades que a matemática ainda não conseguiu solucionar adequadamente.  

Ainda assim, o levantamento Ipsos (que foi realizado pela internet com mil brasileiros, de um total de 24.269 entrevistados, entre 22 de dezembro de 2023 e 5 de janeiro de 2024) parece corroborar aquilo que dizem outras pesquisas realizadas recentemente no Brasil.

O país não está contente com sua política e sua economia, nem muito menos com a sua segurança.   

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Carlos Graieb

Carlos Graieb é jornalista formado em Direito, editor sênior do portal O Antagonista e da revista Crusoé. Atuou em veículos como Estadão e Veja. Foi secretário de comunicação do Estado de São Paulo (2017-2018). Cursa a pós-graduação em Filosofia do Direito, da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP).

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