Os brasileiros de Rosário, cidade do Messi em pico de violência Os brasileiros de Rosário, cidade do Messi em pico de violência
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Os brasileiros de Rosário, cidade do Messi e epicentro da violência na Argentina

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Caio Mattos, De Buenos Aires
3 minutos de leitura 18.03.2024 17:22 comentários
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Os brasileiros de Rosário, cidade do Messi e epicentro da violência na Argentina

Crusoé conversou com quatro brasileiros que moram em Rosário. Todos relataram preocupação com o cenário atual

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Caio Mattos, De Buenos Aires
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Os brasileiros de Rosário, cidade do Messi e epicentro da violência na Argentina
Foto: Divulgação/ Prefeitura de Rosário, Argentina

Dos quase 100 mil brasileiros que vivem na Argentina, alguns moram na cidade de Rosário, na Província de Santa Fé, vive um pico de violência em março.

Quatro civis foram assassinados por integrantes de gangues narcotraficantes em cinco dias ao longo da primeira semana do mês, contra sete homicídios no total de fevereiro e 17, em janeiro, na cidade de mais de 985.000 habitantes.

Segundo as investigações da polícia, as gangues narcotraficantes da cidade, infames no país pelo seu grau de violência, encomendaram os assassinatos para aterrorizar a população.

Trata-se de uma resposta do crime organizado à política penitenciária do governo provincial de Maximiliano Pullaro, eleito em 2023, que tem restringido visitas pessoais e combatido o uso de celulares nos presídios.

O que relatam os brasileiros da violência em Rosário?

Crusoé conversou com quatro brasileiros que moram em Rosário. Todos relataram preocupação com o cenário atual.

“Tenho estado meio apreensiva esses dias. Você sai na rua e fica meio assustado. Você vê alguém que até então você não tinha prestado atenção. E você fica achando ‘será que ela vai querer me assaltar?’, diz Leticia Assunção, de 33 anos, natural de Salvador, Bahia.

Ela se mudou em junho de 2023 e mora na região sul de Rosário, onde ocorreram dois dos quatro assassinatos da primeira semana de março.

Apesar da criminalidade se concentrar nas regiões periféricas da cidade, em especial no sul e no oeste, o clima de insegurança se espalha pelos brasileiros de Rosário.

“A gente vê, nos grupos de Facebook de brasileiros, moradores de Rosário alertando sobre assaltos”, diz Alexandre Lima, de 39 anos, que trabalha produzindo conteúdo sobre a vida na Argentina para canal próprio no Youtube.

Natural de Pacatuba, Ceará, ele mora na região central de Rosário com a esposa, Michelle, também cearense. O casal vive na cidade desde 2018, quando ele veio estudar medicina na Universidad Nacional de Rosario.

“Os brasileiros publicam nos grupos mensagens como: ‘Teve uma pessoa que foi assaltada na região tal… entre as ruas tal e tal, teve um assalto… a pessoa foi ferida na rua tal e tentaram assaltar…’. Não víamos isso com tanta frequência”, acrescenta Lima.

Um dos brasileiros que presenciou um assalto recentemente é Stefane Oliveira, de 31 anos, natural de Fortaleza, Ceará, e também moradora da região central de Rosário.

“Talvez faz um mês, eu vi um senhor estava na cafeteria. Passou um cara de moto e sacou o telefone da mão dele”, afirma a profissional de TI, que se mudou para Rosário em 2022.

O que relatam os brasileiros da situação nas ruas de Rosário?

O pico de violência no início de março esvaziou as ruas de pedestres, que voltam, aos poucos, a tentar retomar a vida cotidiana.

“Eu não…

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