Putin, sobre morte de Navalny: “Incidente infeliz”
Em discurso televisionado, o autocrata russo afirmou que havia acertado a inclusão do oposicionista em uma troca de prisioneiros com os EUA
Vladimir Putin afirmou neste domingo, 17, que a morte de Alexei Navalny foi um “incidente infeliz” e que havia acertado a inclusão do oposicionista em uma troca de prisioneiros com os Estados Unidos pouco antes de ele morrer, numa prisão na Sibéria.
“Alguns dias antes do falecimento do sr. Navalny, alguns colegas, não funcionários da administração, mas algumas pessoas, me disseram que havia uma ideia de trocar o sr. Navalny por algumas pessoas que estão presas em países ocidentais”, afirmou o autocrata russo.
“Você pode acreditar em mim, ou não: a pessoa que falou comigo ainda não havia terminado a frase, mas eu disse: ‘Concordo’. Vamos mandá-lo para que ele não volte.”
As declarações foram feitas em discurso após a confirmação da vitória na farsa eleitoral russa. Segundo a Comissão Eleitoral Central do país, Putin venceu com 87% dos votos. Ele permanecerá à frente do comando país pelo menos até 2030.
Em seu discurso, Putin também agradeceu os eleitores e disse que a Rússia não será “intimidada”.
“Nunca ninguém conseguiu fazer isso na história. Isso não funcionou hoje e não funcionará no futuro. Nunca.”
A morte de Navalny
Navalny foi morto em 16 de fevereiro numa colônia penal na Sibéria. O regime russo demorou para entregar seu corpo para a família e seu enterro só aconteceu duas semanas depois.
O opositor, que dedicou sua vida à causa da liberdade na Rússia, faleceu após retornar à sua terra natal sabendo dos riscos que corria.
Diversos líderes do Ocidente responsabilizaram o presidente Putin pela morte de Navalny.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou: “Não se engane: Putin é o responsável pela morte de Navalny”.
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que “é óbvio” que Navalny “foi morto por Putin”.
Cinismo de Lula por morte de Navalny
Questionado sobre a morte de Alexei Navalny, Lula criticou no mês passado a “pressa” para a resolução do caso.
“Para que essa pressa de acusar alguém? Sabe há quantos anos estou esperando o mandante do crime da Marielle [Franco]? Seis, e não estou com pressa de dizer quem foi, não quero especulação”, afirmou o petista.
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