O Tribunal Distrital de Hong Kong decretou no sábado passado uma sentença de prisão de pouco mais de seis anos ao ativista pró-democracia, Gregory Wong. Esta é uma das penas mais longas até agora determinada pelo tribunal, associada ao protesto pró-democracia.

Outras penas e multas

Além de Wong, os ativistas Ventus Lau e Owen Chow também foram sentenciados a penas de prisão. Simultaneamente, dois jornalistas foram multados por entrada ilegal na câmara do Conselho Legislativo na altura dos eventos. A maioria dos réus foi condenada por distúrbios.

Ocorrido em julho de 2019

O caso remonta a julho de 2019, visto como um momento chave nos protestos pró-democracia que irromperam sobre uma lei controversa permitindo a extradição de pessoas para China continental. Centenas de manifestantes entraram no edifício, picharam mensagens nas paredes e carregavam suprimentos para aqueles que ocupavam o local. Um danos extensos foi provocado ao edifício, com retratos de líderes políticos rasgados das paredes e móveis destruídos.

Impacto duradouro dos danos

Segundo o juiz Li Chi-ho, além do prejuízo físico ao edifício, a invasão resultou em efeitos sociais “duradouros”. “Além do dano real ao edifício, tinha um significado simbólico…[que era] desafiar o governo de Hong Kong e até enfraquecer seu governo”, disse o Sr. Li, segundo a agência de notícias AFP.

Introdução de uma lei de segurança rigorosa

Os protestos levaram à introdução de uma lei de segurança rígida que facilitou a acusação de manifestantes e reduziu a autonomia da cidade. Hong Kong, uma ex-colônia britânica, foi devolvida à China em 1997, segundo o princípio de “um país, dois sistemas”. Críticos acusam o Partido Comunista Chinês de violar o acordo de conceder à cidade um alto grau de autonomia e preservar seus sistemas econômicos e sociais.