Discurso de Hitler dublado por IA viraliza Discurso de Hitler dublado por IA viraliza
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Discurso de Hitler dublado por IA viraliza

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Alexandre Borges
4 minutos de leitura 15.03.2024 15:49 comentários
Cultura

Discurso de Hitler dublado por IA viraliza

Em meio a um crescimento exponencial do antissemitismo no mundo, até o mais notório genocida da humanidade ganhou seus terabytes de fama

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Alexandre Borges
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Discurso de Hitler dublado por IA viraliza
Reprodução/Twitter

Uma dublagem, feita por inteligência artificial, de um discurso de Adolf Hitler no parlamento alemão em 1939 viralizou no X, com muitos usuários da plataforma respondendo positivamente aos comentários do genocida alemão.

O discurso, proferido sete meses antes do início da Segunda Guerra Mundial, foi dublado em inglês. Hitler começa seu discurso abordando a “questão judaica”, criticando a simpatia democrática mundial pelo “povo judeu torturado”.

Hitler continuou alegando que a Alemanha não poderia abrigar judeus devido à falta de espaço e que os judeus possuíam apenas “doenças políticas e físicas infecciosas”. Ele também atribuiu a hiperinflação que afligiu a Alemanha, resultado de sanções financeiras após a Primeira Guerra Mundial, à população judaica.

O vídeo viral desencadeou uma série de postagens antissemitas no X, com usuários expressando apoio às visões de Hitler e criticando a identificação dessas visões como antissemitas, argumentando que o discurso representava a “verdade”.

Este incidente não é o primeiro em que a IA foi usada para revitalizar figuras autoritárias. Um chatbot de Hitler foi introduzido na rede social Gab, permitindo aos usuários comunicarem-se com versões de IA de Hitler, Osama Bin Laden e Vladimir Putin. Este bot de Hitler afirmava que ele era “vítima de uma vasta conspiração” e negava sua responsabilidade pelo Holocausto, alegando que ele nunca aconteceu.

Bin Laden viralizou no TikTok

A promoção de ideologias extremistas e antissemitas nas redes sociais não é um fenômeno novo.

Em novembro de 2023, o mundo foi lembrado da força da propaganda do terror com a viralização de uma carta de Osama bin Laden, publicada um ano após os ataques de 11 de setembro de 2001. Na carta, bin Laden, então o terrorista mais procurado do mundo e mentor dos ataques que derrubaram as Torres Gêmeas em Nova York, matando quase 3.000 pessoas, divulgou teorias conspiratórias antissemitas e homofóbicas em uma tentativa de justificar os atos monstruosos cometidos por seus seguidores.

Mesmo após sua morte pela marinha americana em 2011, as ideias perniciosas de bin Laden encontraram nova vida na internet, ganhando milhões de visualizações no TikTok, demonstrando as preocupantes consequências do relativismo moral que tem sido pregado por algumas correntes intelectuais e culturais.

Este incidente ressalta o debate sobre a decadência moral do Ocidente e a necessidade de reconstruir uma cultura baseada em valores de civilização virtuosa, conforme argumentado por pensadores como Patrick Deneen. O professor Deneen defende que a política por si só não é suficiente para salvar a sociedade, enfatizando a importância de comunidades saudáveis, educação sólida e fé religiosa como fundamentos para uma vida civilizada.

A carta de bin Laden, repleta de falsas teorias e preconceitos, acusava os Estados Unidos e seus cidadãos de financiar a opressão em países muçulmanos e promover a AIDS como uma “invenção satânica americana”, chamando os americanos à conversão ao Islã.

Apesar de suas alegações mentirosas, a carta foi amplamente visualizada e discutida nas redes sociais, levantando questões sobre a influência de plataformas como o TikTok, que tem sido objeto de preocupações de segurança nacional e proibições em diversos países devido a alegações de compartilhamento de dados com o governo chinês.

A viralização do discurso de Hitler, traduzido por IA, no X, e a propagação da carta de bin Laden no TikTok, ambos promovendo ideologias antissemitas e extremistas, demonstram a persistente ameaça da propaganda do terror e dos desafios enfrentados pelas sociedades na era digital.

Estes eventos sublinham a necessidade de uma base moral sólida para conter o extremismo.

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