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Sinwar e Hamas seguem populares em Gaza

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Alexandre Borges
3 minutos de leitura 14.03.2024 07:59 comentários
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Sinwar e Hamas seguem populares em Gaza

Uma análise da empresa Buzzilla para o jornal Maariv indica amplo apoio ao Hamas e a Yahya Sinwar nas redes sociais de Gaza

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Sinwar e Hamas seguem populares em Gaza
Foto: Reprodução

Uma análise especial conduzida pela empresa de inteligência de negócios “Buzzilla” para o jornal israelense Maariv revela uma predominância de postagens e comentários positivos nas redes sociais árabes em Gaza, em apoio à organização terrorista Hamas e, especificamente, a Yahya Sinwar, seu líder máximo.

Nos últimos três períodos analisados, observou-se uma variação significativa nas interações online. Inicialmente, de 25 de fevereiro a 2 de março, quase 20.000 interações focavam em Sinwar, com a grande maioria sendo positiva, centrando-se na possibilidade de um acordo de reféns e na guerra.

Posteriormente, de 3 a 9 de março, um salto para quase 44.000 interações foi notado, atribuído à cobertura de um potencial acordo de cessar-fogo antes do Ramadã. Neste período, apesar de um leve aumento em reações negativas, o apoio a Sinwar permaneceu robusto.

Curiosamente, no período de 10 a 13 de março, as reações positivas em relação à liderança do Hamas em Gaza aumentaram novamente, contrastando com críticas severas a Israel, especialmente diante da falta de um cessar-fogo antes do Ramadã.

O aumento do engajamento positivo em relação ao Hamas foi também relacionado a relatórios sobre a aparente eliminação de Marwan Issa por Israel.

Yahya Sinwar é acusado em casos de abusos sexuais e pedofilia

Yahya Sinwar e seu irmão Muhammed foram acusados de diversos crimes sexuais, incluindo estupro e até pedofilia, por membros do Hamas presos com eles, conforme revelou o pesquisador israelense Baruch Yedid em entrevista nesta quarta, 21.

Yedid detalhou que, desde 2005, Muhammad Sinwar ocupa o cargo de Comandante da Brigada de Khan Yunis e é membro da liderança militar do Hamas, responsável pela construção de um extenso túnel recentemente descoberto.

“Yahya foi liberado em 2011, no acordo de Shalit. Quando ainda estava preso, líderes militares e da prisão o informaram sobre o envolvimento do irmão mais novo em uma série de atos de pedofilia e assédio sexual a meninos, incluindo membros do próprio Hamas”, disse Yedid.

Esses incidentes teriam ocorrido tanto na prisão como quando Muhammad já era um alto membro do Hamas na Faixa de Gaza. Yahya teria proibido qualquer investigação além das que ele mesmo conduziu.

Na prisão de Ofer, na Cisjordânia, no início dos anos 2000, dois homens do Hamas estupraram um jovem prisioneiro palestino, e Yahya novamente impediu que o caso fosse investigado, temendo que isso levasse a uma investigação sobre seu irmão.

A fonte dessas informações foi Samir Kuntar, o mesmo que assassinou a família Haran em 1979, liberado em 2008 e morto na Síria em 2015. Kuntar relatou a oficiais israelenses que Sinwar proibia a investigação desses casos.

Informações vindas de fontes palestinas em Ramallah indicam que há arquivos de inteligência sobre abusos sexuais cometidos por Yahya. Uma das acusações detalha que, durante sua detenção na prisão de Ashkelon, Yahya manteve “acessórios de silicone” em sua cela, utilizados também para assédio sexual.

Ainda segundo Yedid, há alegações de membros do Hamas de que seus nomes não foram incluídos na lista de libertados no acordo de Shalit, unicamente porque Muhammad Sinwar não desejava que estivessem livres devido ao envolvimento com os escândalos sexuais.

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