Primeiro-Ministro do Haiti, Ariel Henry, renuncia
Diante da crise no Haiti, Primeiro-Ministro Ariel Henry renuncia. Um conselho de transição com nove membros é anunciado.
Ariel Henry, primeiro-ministro haitiano, anunciou sua renúncia ao governo do país caribenho durante uma reunião da Comunidade do Caribe (Caricom), realizada na Jamaica em 11 de março, conforme confirmado por uma fonte do Ministério das Relações Exteriores à CNN.
Contexto da renúncia
Henry, possui 74 anos de idade e atualmente está em Porto Rico, pois não conseguiu retornar ao Haiti após viajar ao Quênia para discutir os detalhes do envio da missão de segurança aprovada pela Organização das Nações Unidas (ONU), que será liderada pelo país africano.
Uma coalizão de gangues, que atualmente controla cerca de 80% da capital haitiana e é liderada pelo ex-policial Jimmy Cherizier, também conhecido como “Barbecue”, aumentou os atos de violência na capital nos últimos dias, exigindo a renúncia do primeiro-ministro.
Reação da Comunidade Internacional
“Reconhecemos a renúncia do primeiro-ministro Ariel Henry, para o estabelecimento de um conselho de transição presidencial e a nomeação de um primeiro-ministro interino”, anunciou o presidente da Guiana, Irfaan Ali, líder temporário do bloco caribenho, que discutia com interlocutores haitianos soluções para uma transição de poder no país, após dias de tensão.
Criação de um Conselho de Transição
Chegou-se a um acordo para a criação de um conselho de transição, com nove membros, que terá poderes presidenciais. Conforme a fonte do Itamaraty, a decisão foi tomada por representantes de grupos políticos haitianos, que terão 24 horas para definir os nomes dos representantes. A preocupação agora é pelo rápido estabelecimento do conselho.
Confirmação de Ariel Henry
Em vídeo publicado em suas redes sociais, Henry confirmou o que disse por telefone durante a reunião, de que renunciará quando o conselho de transição for conformado.
Comunicado à Comunidade Internacional
O líder das gangues, Jimmy Cherizier, que ainda está no Haiti, enviou uma mensagem para a comunidade internacional alertando que continuar negociando com um pequeno grupo de políticos levará o Haiti ao caos.
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