Após Vale, Lula pressiona Petrobras em nome do “povo” Após Vale, Lula pressiona Petrobras em nome do “povo”
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Após Vale, Lula pressiona Petrobras em nome do “povo”

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Redação O Antagonista
4 minutos de leitura 11.03.2024 17:28 comentários
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Após Vale, Lula pressiona Petrobras em nome do “povo”

Petista esnobou a necessidade de a Petrobras ser uma empresa rentável e afirmou que "a gente não ganha nada com isso"

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Após Vale, Lula pressiona Petrobras em nome do “povo”
Lula e o presidente da Petrobras, Jean paul Prates | Foto: Ricardo Stuckert / PR

Lula (PT; foto) esnobou a necessidade de a Petrobras ser uma empresa rentável e afirmou que “a gente não ganha nada com isso”.

“É muito engraçado. Às vezes, eu vejo notícias assim. ‘Petrobras cresce 30%’. ‘Petrobras bate recorde de produção de gasolina’. ‘Petrobras bateu recorde de exportação de petróleo’. ‘Petrobras bateu recorde de arrecadação’. E a gente não ganha nada com isso”, disse em entrevista ao SBT que vai ao ar na noite desta segunda, 11 de março.

Segundo Lula, a estatal comandada por Jean Paul Prates (foto) “tem que pensar o investimento e em 200 milhões de brasileiros que são donos ou sócios dessa empresa”.

“O que não é correto é a Petrobras, que tinha que distribuir R$ 45 bilhões de dividendos, querer distribuir R$ 80 bilhões. E R$ 40 bilhões a mais que poderiam ter sido colocados para investimento, fazer mais pesquisa, mais navio, mais sonda… Não foi feito”, acrescentou.

A pressão sobre a Petrobras, controlada pela União com pouco mais de 50% das ações ordinárias, vem na esteira de ataques de Lula à independência da Vale, uma empresa privada.

Ataques de Lula à Vale

Embora o Conselho de Administração da Vale tenha decidido estender o mandato do atual CEO da companhia, Eduardo Bartolomeo, até dezembro de 2023, conselheiros da empresa avaliam que o governo Lula continuará tentando influenciar a sucessão na mineradora.

Segundo o jornal, integrantes do conselho alinhados ao Planalto precisarão aprovar os nomes que serão levados em uma lista tríplice ao colegiado por uma empresa de recrutamento.

Com uma participação direta de 8,7% na companhia, a Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, é a maior acionista individual da Vale.

Mantega na Vale

Como registramos, Lula incumbiu o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, da missão de tentar convencer os diretores da Vale a endossarem a indicação de Guido Mantega, culpado pelas pedaladas fiscais no governo Dilma, para uma boquinha como presidente ou como conselheiro da mineradora.

Os acionistas da empresa receberam a notícia com espanto, e as ações da Vale responderam negativamente assim que os rumores sobre o assunto se espalharam no mercado financeiro.

Mantega foi inabilitado em 2016 de assumir cargos públicos pelo Tribunal de Contas da União por conta de sua participação nas “pedaladas fiscais” do governo Dilma Rousseff. A decisão, porém, foi suspensa no ano passado por determinação do TRF-1.

Lula não esqueceu da Vale

Lula fez uma série de críticas à Vale e cobrou uma nova política de mineração para o país.

“A Vale está tendo um problema no estado do Pará, está tendo um problema no estado de Minas Gerais. A Vale não pagou as desgraças que eles causaram em Brumadinho, não construiu as casas que prometeram. Criaram uma fundação para cuidar e agora a Vale agora fica fazendo a propaganda como se fosse a empresa que mais cuida desse país”, afirmou em entrevista à RedeTV.

“O que nós queremos é mais responsabilidade. Inclusive, a quantidade de minas que está (sic) nas mãos da Vale que elas não exploram em mais de 30 anos e fica funcionando como se fosse dona [do Brasil], vendendo [ativos]. A Vale está ultimamente vendendo mais ativo do que produzindo minérios de ferro. E está perdendo o jogo para muitas empresas australianas. O que nós queremos é ter uma nova política mineral”, acrescentou.

Empresas devem seguir o pensamento do governo?

Lula também disse que as empresas brasileiras precisam seguir o pensamento do governo brasileiro, sem esclarecer se estava se referindo a todas as empresas ou apenas àquelas que possuem participação da União.

“A Vale não pode pensar que ela é dona do Brasil, não pode pensar que ela pode mais do que o Brasil. Então o que nós queremos é o seguinte: empresas brasileiras precisam estar de acordo com aquilo que é o pensamento de desenvolvimento do governo brasileiro. É isso que nós queremos”, afirmou.

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