O convite de Netanyahu a Bolsonaro
"Você demonstrou sua solidariedade ao povo e ao Estado de Israel", escreveu o primeiro-ministro israelense em carta ao ex-presidente
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, enviou uma carta pessoal com um convite a Jair Bolsonaro (PL).
A informação é do Metrópoles, publicada nesta segunda-feira, 11 de março.
A carta é datada de 26 de fevereiro, o dia seguinte ao ato de Bolsonaro na Avenida Paulista, em São Paulo.
Netanyahu menciona o episódio e agradece ao ex-presidente por ter portado uma bandeira do Estado de Israel.
“Você demonstrou sua solidariedade ao povo e ao Estado de Israel, agitando orgulhosamente a bandeira israelense num comício em São Paulo”, escreveu Netanyahu.
“Esta foi uma rejeição clara e moralmente sólida às acusações ultrajantes de seu sucessor contra as operações das Forças de Defesa de Israel em Gaza”, acrescentou.
O primeiro-ministro israelense ainda fez um convite a Bolsonaro e sua família para “visitarem Israel para demonstrarem sua solidariedade com o povo de Israel”.
Desonra de Lula
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu (foto), voltou a comentar as declarações de Lula comparando as operações em Gaza ao Holocausto e disse que o presidente brasileiro “desonrou” a memória dos judeus mortos pelo regime de Hitler.
“Hoje o presidente do Brasil, ao comparar a guerra de Israel em Gaza contra o Hamas, uma organização terrorista genocida, com o Holocausto, o presidente Silva desonrou a memória dos 6 milhões de judeus assassinados pelos nazistas. Ele demonizou o Estado judeu como o antissemita mais virulento. Ele deveria ter vergonha de si mesmo”, afirmou Netanyahu em discurso televisionado.
“Muitas vezes falamos sobre a história do antissemitismo e dizemos como é que podem essas mentiras que foram feitas contra o povo judeu. Essas falsificações extraordinárias, esses ataques inacreditáveis que não têm base nos fatos”, acrescentou.
Mais cedo, Netanyahu afirmou que as falas do petista “banalizam” o Holocausto e tentam “prejudicar o povo judeu e o direito de Israel se defender”.
“Comparar Israel ao Holocausto nazista e a Hitler é cruzar uma linha vermelha”, disse.
As declarações de Lula foram feitas neste domingo durante entrevista a jornalistas no hotel em que estava hospedado em Adis Abeba, capital da Etiópia.
O presidente voltou a atacar Israel e comparou as operações militares na Faixa de Gaza ao extermínio de judeus promovido por Adolf Hitler.
“Sabe, o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino, não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse Lula.
A Confederação Israelita do Brasil (Conib) divulgou mais cedo uma nota em repúdio às declarações de Lula e classificou a fala do petista como uma “distorção perversa” da realidade. Afirmou ainda que as falas ofendem a “memória das vítimas do Holocausto e de seus descendentes”.
Já o grupo terrorista Hamas agradeceu a Lula pela declaração, que classificou como “precisa”.
Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.
Comentários (0)