Começam as eleições legislativas em Portugal
Eleitores em Portugal comparecem para votar nas eleições legislativas de 2024, em meio ao crescimento da extrema-direita e uma esquerda fragmentada.
Desafiando o vento frio e tempestades, os eleitores portugueses estão de volta às urnas para votar nas eleições legislativas do país neste domingo, 10 de março. O contexto atual, no entanto, é, de certa maneira, inédito: o crescimento da extrema-direita representada pelo partido Chega.
Como funcionam as eleições em Portugal?
Portugal é regido por um sistema semipresidencialista, composto por um presidente e um primeiro-ministro. Os eleitores elegem hoje representantes para a Assembleia da República, o equivalente ao Parlamento Português. A votação é realizada por partidos, não por candidatos individuais.
Quais são os favoritos este ano?
Duas forças partidárias despontam como favoritas para conquistar a maioria dos assentos no Parlamento: a Aliança Democrática (AD), de centro-direita, e o Partido Socialista (PS), de esquerda. No entanto, nenhum deles detém maioria absoluta.
E a extrema direita?
É neste cenário que o partido Chega, de extrema-direita, avança. Com 16% das intenções de voto, segundo pesquisa recente, o partido pode vir a fazer parte de uma possível coalizão governamental com a Aliança Democrática, marcando a estreia da legenda radical no governo de Portugal.
E outras possibilidades?
No cenário de uma vitória do Partido Socialista, a possibilidade de uma coalizão com a extrema-direita é quase nula, o que poderia levar Portugal a retomar o modelo da “geringonça”, com um governo formado por diferentes partidos.
Como é a presença do Chega na política portuguesa?
O Chega é um partido relativamente novo, fundado em 2019, mas tem ganhado cada vez mais espaço no cenário político português. Inicialmente, conseguiu uma vaga no Parlamento e, em 2022, obteve 12 assentos, transformando-se na terceira maior força no Parlamento Português.
O que levou a essas eleições antecipadas?
As eleições de hoje foram convocadas após António Costa, então primeiro-ministro, renunciar em um episódio inusitado. Após semanas na incerteza, o Ministério Público reconheceu que Costa havia sido indiciado por engano. No entanto, a renúncia já havia sido aceita e publicada oficialmente, o que levou à convocação de eleições antecipadas.
A expectativa agora é que o resultado das eleições lance o país de volta nas negociações para a formação de um novo governo.
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