Antecipação do 13º do INSS: estratégia do governo para a economia
Governo considera antecipação do 13º para aposentados do INSS.
Na tentativa de estimular a economia, que encontrou-se estagnada no segundo semestre de 2024, o governo está avaliando a possibilidade de antecipar o pagamento do 13º salário dos aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
A medida, que habitualmente ocorre no segundo semestre, pode ser transferida para os meses de maio e junho.
Qual o potencial influência na economia?
Ainda que não tenha sido finalizada, a proposta já trouxe um clima de otimismo para aposentados e setor comercial.
O governo recorreu frequentemente à antecipação dos benefícios do INSS nos últimos anos, sobretudo em função da popularidade da medida e do impacto direto sobre as atividades econômicas.
Na gestão do então presidente Jair Bolsonaro, essa estratégia foi adotada por três vezes consecutivas.
Inclusive, o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, replicou a iniciativa em 2023, beneficiando cerca milhões de cidadãos.
Valores e beneficiados pela antecipação
No último ano, houve a transferência antecipada de R$ 62 bilhões, destinados a aqueles que têm direito a aposentadorias, pensão por morte, auxílio por incapacidade temporária, auxílio-acidente ou auxílio-reclusão.
O estado de São Paulo foi o maior beneficiado, recebendo um total de R$ 17,7 bilhões.
Esse panorama positivo pode ser intensificado com a antecipação dos precatórios de 2024, que foram pagos em fevereiro do mesmo ano.
Desse modo, foram disponibilizados R$ 30 bilhões a empresas e pessoas físicas, conforme ordem judicial definitiva.
O crescimento em 2023 e seus obstáculos
O governo encontra-se preocupado com a desaceleração do crescimento econômico esperado para 2024.
Assim, diversas ações estão sendo mapeadas para contornar esse problema.
Tendo sido influenciada pela alta recorde na agropecuária, a economia brasileira finalizou o ano de 2023 com crescimento acumulado de 2,9%.
No entanto, o segundo semestre não apresentou avanço.
Some-se a isso as dificuldades do PIB, que incluem a indústria de transformação, a construção e investimentos produtivos na economia, os quais apresentaram performance negativa de -3%.
Em suma, além dos dados de crescimento que preocupam os aliados de Lula, soma-se o receio de uma potencial atração de uma maior parcela da população para o bolsonarismo, motivada pelas políticas de ajuste fiscal do Ministério da Fazenda.
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