O Trágico incidente aconteceu no sudoeste de Goiás, especificamente em uma fazenda localizada na região de Rio Verde. O pastor Márcio Vieira de Paula, 48 anos, estava em um passeio de pesca com a família quando foi atacado por uma cobra considerada extremamente perigosa, a “jararacuçu”.

Detalhes sobre o caso

A filha do pastor, que preferiu não se identificar, detalhou o momento do acidente ao g1. “Meu pai estava a passeio na fazenda. Estava pescando e foi picado três vezes na perna por uma jararacuçu”. A Polícia Civil foi informada sobre o ocorrido, mas ainda não há informações oficiais relacionadas à espécie do animal.

O pastor acabou não resistindo à picada e morreu no dia 5 de março, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal Universitário (HMU) de Rio Verde.

O pastor Márcio Vieira

Além de fazer parte do clero, o pastor Márcio também trabalhava como gari. Segundo a filha, Márcio dividia sua rotina entre o trabalho “para o homem” e “para o reino”, referindo-se à sua prática religiosa. “Ele subia e descia daquele caminhão de lixo na maior alegria. Era um homem de Deus. Honrou a igreja. Eu me espelhava nele.”

O ataque

O caso aconteceu rapidamente em uma fazenda, quando Márcio pescava acompanhado de sua esposa, três filhos e um genro. A filha do pastor, única que não estava na fazenda, relatou que a situação foi muito rápida.

Depois do ocorrido, o dono da fazenda levou o pastor para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde ele recebeu um soro antibotrópico em um período de cerca de 25 minutos após a picada. O caso foi registrado para investigação pela Polícia Civil.

Investigação

Exames preliminares indicaram que a lesão na vítima era compatível com uma picada de serpente. A Polícia Científica de Goiás informou que foi realizado o exame médico-legal. “Ficou constatada a destruição dos tecidos e a coagulação sanguínea características de picada por serpente do gênero Bothrops (jararacas, jaracuçus e urutus)”, especificou Olegário Augusto, perito criminal e da Divisão de Comunicação da Polícia Científica.

Olegário ainda esclareceu que os procedimentos médicos realizados tornaram impossível identificar o número exato de picadas sofridas pela vítima, sendo possível afirmar apenas que ocorreu na região da canela da perna esquerda.