Apenas 14,75% das vacinas contra a dengue distribuídas pelo Ministério da Saúde foram aplicadas em crianças e adolescentes, de acordo com dados coletados desde o início da vacinação, em 9 de fevereiro, até o último sábado (2). Das 1.235.119 doses distribuídas para 521 municípios selecionados, apenas 182.204 foram efetivamente aplicadas.

O Distrito Federal (DF), pioneiro na vacinação contra a dengue, relatou que apenas 32% das crianças de 10 e 11 anos haviam sido imunizadas quase 20 dias após o início da distribuição das doses. Das 71.708 doses recebidas pelo DF, cerca de 48 mil ainda estavam disponíveis para aplicação nos 67 pontos de vacinação.

A vacina contra a dengue possui prazo de validade até o dia 30 de abril. O governo do DF está buscando ampliar o público-alvo para garantir que todas as doses sejam utilizadas.

Dengue no DF

O DF é uma das unidades federativas mais afetadas pela dengue, com 117.588 casos prováveis e 78 mortes pela doença, além de 73 óbitos em investigação. Já no estado do Rio de Janeiro, foram registrados 91.445 casos prováveis e 13 mortes pela doença.

A pediatra Natália Bastos faz um alerta aos pais para que procurem os postos de vacinação e imunizem seus filhos com a Qdenga, vacina contra a dengue. A vacina é segura e já passou por diversas etapas de estudos, sendo desenvolvida pelo laboratório Takeda antes mesmo da pandemia de covid-19.

Natália destaca que o esquema vacinal completo, com duas doses da Qdenga, garante cerca de 80% de eficácia e os efeitos colaterais são mínimos, principalmente quando comparados aos riscos de uma infecção por dengue. Com uma dose, os efeitos colaterais são leves e temporários, como algumas manchas no corpo ou dores musculares.

Antes, a vacina era disponível apenas na rede privada, com custo médio entre R$ 400 e R$ 500. Agora, ela está disponível gratuitamente nos centros de saúde. Portanto, é essencial que os pais procurem a vacina com urgência para proteger seus filhos contra a dengue.

Com informações da Agência Brasil