Montadoras europeias planejam aliança para enfrentar chineses
Montadoras europeias como Renault e Volkswagen planejam aliança para rivalizar com a China na produção de carros elétricos. Saiba mais sobre esta estratégia audaciosa.
Um novo embate está tomando forma no cenário automobilístico global. Empresas fabricantes de automóveis da Europa, lideradas pela francesa Renault, estão considerando formar uma aliança para desafiar a crescente concorrência chinesa no segmento de carros elétricos.
A proposta, que envolve gigantes do setor como a Volkswagen alemã e o grupo ítalo-franco-americano Stellantis, busca reunir esforços para fortalecer o segmento europeu perante a indústria automobilística oriental.
A competição acirrada
A situação é complicada para as montadoras europeias. As vendas anuais de carros totalmente elétricos das cinco principais empresas – Volkswagen, Mercedes-Benz, Renault, BMW e Stellantis – correspondem apenas ao volume de veículos vendidos pela chinesa BYD e ainda estão atrás da americana Tesla. Além disso, as montadoras europeias enfrentam pressão de mudanças regulatórias que priorizam os elétricos.
O plano de ação proposto
De acordo com o presidente da Renault, Luca de Meo, abordando o assunto no recente Salão do Automóvel de Genebra, a ideia é formar parcerias com o mesmo grupo de fornecedores e desenvolver, em conjunto, tecnologias capazes de competir com as asiáticas. Essa união no setor automobilístico ajudaria a diluir os altos custos de pesquisa e desenvolvimento para tornar os carros elétricos mais eficientes e acessíveis.
Os obstáculos à frente
Entretanto, a jornada para atingir esse objetivo não será fácil. Além de terem que aumentar os investimentos num momento de interesse moderado pelos carros elétricos e queda de preços, as montadoras europeias têm de conciliar seus próprios desenvolvimentos no setor. Negociações sobre quais partes da produção ficariam com cada uma podem alongar ainda mais o período de inovação dessas empresas.
A ofensiva asiática
Enquanto a Europa debate a criação de uma “Airbus dos autos”, os asiáticos estão determinados a conquistar o mercado. Demonstração disso é a recente iniciativa da chinesa BYD que, auxiliada pelos generosos subsídios concedidos pelo governo chinês, anunciou descontos ao consumidor de 15% na compra de modelos elétricos recém-lançados na Europa. A agressiva estratégia chinesa tem preocupado não só os europeus, mas também a líder de mercado americana, Tesla.
Os próximos meses devem trazer respostas sobre o desdobramento dessa situação e se a criação de um consórcio europeu será suficiente para contrabalançar a avançada chinesa no mercado automobilístico elétrico.
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