Australiano condenado a 36 anos de prisão por assassinar colega de trabalho após assédio
Australiano Luay Sako condenado a 36 anos por assédio e assassinato brutal de ex-colega Celeste Manno.
O australiano Luay Sako foi condenado a 36 anos de prisão por assassinar brutalmente sua ex-colega de trabalho, Celeste Manno, em Melbourne, em 2020. Sako, que havia sido demitido do mesmo call center em que Manno trabalhava em 2019, passou meses a perseguindo antes do crime.
Os promotores relataram que Sako violou a residência de Manno horas após ela ter postado uma foto com seu novo namorado nas redes sociais. No incidente, ele a esfaqueou 23 vezes em dois minutos e meio. A família de Manno acredita que Sako deveria ter recebido a pena máxima, prisão perpétua.
A condenação e reações da família
Após o anúncio da sentença, a mãe de Manno, Aggie Di Mauro, criticou a decisão do tribunal. “É absolutamente inacreditável que a corte tenha decidido conceder-lhe misericórdia, mesmo quando ele não demonstrou qualquer compaixão por Celeste”, afirmou Di Mauro à porta do tribunal.
Di Mauro espera que a justiça reconheça que “a verdadeira justiça neste caso exige uma sentença de prisão perpétua”. Em Melbourne, dezenas de familiares e amigos de Manno lotaram a galeria durante a leitura da sentença que durou aproximadamente 45 minutos. A urna contendo as cinzas de Celeste foi posicionada à frente de sua família.
Perseguição e assassinato
O assédio de Sako a Manno iniciou após sua demissão. Ela implorou que ele parasse de enviar mensagens, mas ele tornou-se cada vez mais obsessivo. Celeste denunciou a situaçãoà polícia e obteve uma ordem de restrição temporária.
Contudo, Sako continuou com o comportamento obsessivo e chegou a violar a ordem de restrição, sendo posteriormente acusado por isso. O tribunal ouviu o caso de que Sako usou as postagens de Celeste nas redes sociais e Google Maps para encontrar a sua casa.
Em 16 de novembro de 2020, após Celeste postar uma foto com seu novo namorado, Sako dirigiu até a casa dela e usou um martelo para quebrar a janela de seu quarto. A jovem foi esfaqueada enquanto dormia e a mãe de Manno encontrou o corpo da filha logo em seguida. Sako, então, se entregou à polícia, culpando a instituição pelo crime.
Sentença e resposta dos familiares
A juíza Jane Dixon sentenciou Sako por este “crime horrível”. Ela afirmou que sua condição psiquiátrica, um transtorno severo de personalidade, justificava um veredito menor do que a prisão perpétua, pois comprometeu sua capacidade mental no momento do crime. Adicionalmente, ela acredita que o tratamento psiquiátrico adequado pode melhorar as perspectivas de recuperação de Sako durante a longa sentença.
As declarações de Dixon foram recebidas com revolta pelos familiares de Manno. A mãe da vítima rasgou o discurso que havia preparado para ler em frente aos jornalistas caso a sentença de prisão perpétua fosse aplicada. “O resultado de hoje prova a falha do sistema de justiça”, lamentou Di Mauro.
Luay Sako terá a possibilidade de pedir liberdade condicional em 2050.
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