Russo suspeito de lavar dinheiro com criptomoedas no Brasil
O russo investigado pela PF levava uma vida de luxo no litoral cearense. Além dele, outro cidadão russo investigado residia em Florianópolis
A Polícia Federal deflagrou uma operação para investigar um cidadão russo suspeito de envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro com o uso de criptomoedas.
Durante a ação, foram realizados mandados de busca e apreensão em uma mansão avaliada em R$ 10 milhões, segundo o G1, a propriedade já pertenceu à cantora Simone Mendes, no município do Eusébio, na Região Metropolitana de Fortaleza.
Segundo informações divulgadas pela PF, foram apreendidos no local 223 mil dólares, R$ 55 mil, além de relógios de luxo e aparelhos celulares. Além disso, bens da cantora foram sequestrados por determinação judicial.
Investigação da PF
O russo investigado pela PF levava uma vida de luxo no litoral cearense. Além dele, outro cidadão russo que residia em Florianópolis também foi alvo da operação. A investigação, chamada operação Brianski, visa desarticular uma associação criminosa formada por russos já condenados em seu país de origem e brasileiros.
Segundo informações da PF, um dos russos foi condenado em 2015 na cidade russa de Penza por fraude e o outro na província de Samarskaya pelo crime de roubo. Ambos ingressaram no Brasil em 2018 e estão sendo monitorados pelas autoridades.
As investigações tiveram início com a suspeita de que os cidadãos russos teriam se estabelecido em Florianópolis para usufruir dos recursos obtidos através de crimes praticados em seu país de origem. Sem comprovação de renda, eles passaram a adquirir diversos imóveis, veículos de luxo e joias, levando uma vida ostentosa.
Sequestro de bens
Foram tomadas medidas para o sequestro de bens dos investigados, incluindo casas, apartamentos, terrenos e automóveis de alto padrão. Além disso, contas bancárias vinculadas a 25 pessoas físicas e jurídicas foram bloqueadas, assim como contas em exchanges, onde são realizadas transações com criptomoedas.
Os principais investigados terão seus aparelhos eletrônicos monitorados e estão proibidos de deixar o país e realizar transações com criptoativos.
A operação revelou que os recursos provenientes da lavagem de dinheiro eram operacionalizados por brasileiros que utilizavam empresas sediadas em Goiás. As movimentações financeiras eram realizadas por meio de transações com criptomoedas, convertidas posteriormente em moeda nacional e transferidas para as contas dos investigados estrangeiros no Brasil, bem como para suas famílias e empresas.
Além disso, os criptoativos também eram utilizados na compra de imóveis de alto padrão e veículos de luxo, muitos deles registrados em nome de terceiros.
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