Operação na baixada santista atinge número de 54 mortes
Situação alarmante na Baixada Santista: aumenta o número de mortes em intervenções policiais em 2024. Leia e conheça os eventos que levaram a este cenário e a reação das instituições públicas.
Em apenas dois meses de 2024, a Baixada Santista registrou 54 mortes decorrentes de intervenção policial. O levantamento, feito a partir de dados do Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública e Controle Externo da Atividade Policial (Gaesp), do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), ressalta a elevação na taxa de mortalidade na região.
Operação Verão e crimes na região
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) destaca, em nota, que 31 dos óbitos foram registrados na Operação Verão, que resultou também na prisão de 716 criminosos, incluindo 265 procurados pela Justiça. Além disso, informou que a ação violenta de criminosos contra a polícia, especialmente no combate ao crime organizado, já resultou na morte de três policiais militares desde 26 de janeiro.
O reflexo da violência nos agentes de segurança
O início da Operação Verão, em 26 de janeiro, foi marcado por um trágico evento: a morte do soldado Marcelo Augusto da Silva, vítima de um latrocínio na Rodovia dos Imigrantes, próximo a Cubatão. Em apenas cinco dias após o ocorrido, 10 pessoas foram mortas por policiais militares na região, elevando para 20 o número total de mortes durante o mês de janeiro.
Na semana seguinte, mais dois PMs foram mortos. Este cenário de escalada da violência desencadeou o início de uma nova fase da Operação Verão, que visava combater o crime organizado na Baixada Santista.
Os assassinatos de PMs mobilizaram autoridades da segurança pública e do governo paulista. Tanto que, logo após a morte do soldado Samuel Wesley Cosmo, a Secretaria de Segurança Pública anunciou que seu gabinete seria transferido temporariamente para Santos, o que perdurou por 13 dias.
Pedido de apoio à ONU e à Comissão Interamericana de Direitos Humanos
Os eventos recentes levaram a Defensoria Pública de SP e outras instituições a fazerem um apelo à Organização das Nações Unidas (ONU) e à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH). Elas pedem o fim da operação e a implementação de obrigatoriedade do uso de câmeras corporais por agentes de segurança pública, além da apuração das mortes e adoção de medidas administrativas em relação aos envolvidos.
Este quadro revela a gravidade do cenário de violência vivenciado na Baixada Santista e os desafios enfrentados na busca por segurança e proteção dos direitos humanos na região.
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