ONU: EUA vetam pela 3ª vez resolução sobre reação de Israel ao Hamas
A embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, afirmou que o texto redigido pela Argélia poderia comprometer "negociações delicadas" em curso
Os Estados Unidos vetaram nesta terça-feira, 20, um projeto enviado ao Conselho de Segurança da ONU pela Argélia sobre a ofensiva militar de Israel em Gaza em resposta ao ataque realizado pelos terroristas do Hamas em 7 de outubro de 2023.
Ao votar contra a proposta, a embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, afirmou que o texto redigido pela Argélia, que pedia um “cessar-fogo imediato” em Gaza sem vinculá-lo a soltura dos reféns mantidos pelo Hamas, poderia comprometer “negociações delicadas” em curso.
“Exigir um cessar-fogo imediato e incondicional sem um acordo que obrigue o Hamas a libertar os reféns não trará uma paz duradoura. Em vez disso, poderia prolongar a luta entre o Hamas e Israel”, disse Thomas-Greenfield.
“Qualquer ação que este conselho tome neste momento deve ajudar, e não atrapalhar as negociações sensíveis e contínuas. E acreditamos que a resolução que está sendo discutida agora teria, de fato, um impacto negativo sobre essas negociações”, acrescentou a embaixadora americana.
Treze membros do Conselho de Segurança da ONU votaram a favor do texto apresentado pela Argélia, enquanto o Reino Unido se absteve e os EUA votaram contra.
No sábado, 17, o governo dos EUA sinalizou que vetaria a proposta.
Os vetos americanos
Essa é a terceira vez que a Casa Branca usa seu poder de veto para barrar uma resolução sobre o conflito em Gaza.
Em outubro de 2023, os EUA vetaram a proposta apresentada pelo Brasil, alegando que o texto não apresentava uma afirmação sobre o direito de Israel de se defender dos ataques terroristas do Hamas.
Em dezembro, Washington barrou uma nova proposta, desta vez apresentada pelos Emirados Árabes Unidos. Na ocasião, o vice-embaixador dos EUA na ONU, Robert Wood, disse que um cessar-fogo imediato em Gaza “plantaria sementes para a próxima guerra, porque o Hamas não deseja ver uma paz”.
Aliado de Israel, o governo dos EUA se absteve duas vezes, permitindo ao Conselho de Segurança da ONU adotar resoluções para aumentar a ajuda a Gaza.
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