Silvio Almeida preocupado com a violência (em Gaza)
O ministro dos Direitos Humanos saiu em defesa de Lula, ecoando a declaração aloprada do petista sobre a ofensiva israelense em Gaza
Silvio Almeida afirmou nesta terça-feira, 20, que “nada, absolutamente nada, é mais importante do que interromper a escalada da violência e o ciclo de mortes que têm destroçado a vida, em especial, de pessoas inocentes, mulheres e crianças”.
Embora o Brasil tenha registrado 40.464 homicídios dolosos (com intenção de matar), feminicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte em 2023, o ministro brasileiro dos Direitos Humanos não falava de seu próprio país na longa postagem no X, ex-Twitter, mas da Faixa de Gaza.
Em mais uma lacração nas redes sociais, Silvio Almeida ecoou a declaração aloprada de Lula no domingo, 18, quando comparou a operação militar israelense em Gaza ao Holocausto dos judeus na Segunda Guerra Mundial.
O pano de Almeida
O ministro saiu em defesa do chefe do Executivo brasileiro, dizendo que “em nenhum momento” Lula manifestou-se contra o povo de Israel ou contra a comunidade judaica.
“Pelo contrário: Lula se indigna contra a ação desproporcional e assassina de um governo que, inclusive, passa a ser questionado por outros membros da comunidade internacional, que se unem ao Brasil na exigência pelo cessar-fogo diante do Conselho de Segurança da ONU”, escreveu o ministro.
A manifestação de Silvio Almeida acontece dois dias depois da absurda declaração de Lula. No domingo, 18, o ministro dos Direitos Humanos, que participava da comitiva brasileira na Etiópia, optou por comentar o caso de um trabalhador negro que foi tratado como criminoso pela polícia, embora tivesse sido vítima de agressão, no Rio Grande do Sul.
Direitos humanos em causa própria
O ministro Silvio Almeida tem sido exímio em instrumentalizar os direitos humanos para suas próprias causas.
Apadrinhado por Walfrido Warde e pelo influencer Felipe Neto, ele não mede esforços para defender ditaduras amigas do Planalto, como Cuba, e usar os direitos humanos como arma política para atacar seus desafetos nacionais.
Silvio Almeida também não faz qualquer crítica aos abusos de direitos humanos na China e ao presidente russo, Vladimir Putin, que ordenou a invasão à Ucrânia.
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