Deixar de invadir Rafah significa perder a guerra, diz Netanyahu
Primeiro-ministro israelense afirmou ainda que as exigências do grupo terrorista para a libertação dos reféns são “alucinantes”
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu (foto), afirmou neste sábado, 17, que deixar de invadir a cidade de Rafah, no extremo sul de Gaza, significaria “perder a guerra” para o Hamas.
Netanyahu disse ainda que as exigências do grupo terrorista para a libertação dos reféns são “alucinantes”.
“As exigências do Hamas são alucinantes (…). Não podemos aceitar isso. Mas quando o Hamas abandonar essas exigências alucinantes seremos capazes de avançar nas negociações”, afirmou o primeiro-ministro em discurso na televisão.
Mais cedo, Ismael Haniyeh, líder político do Hamas, afirmou que não aceitará qualquer troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos se o Exército de Israel não se retirar de Gaza.
O premiê israelense insistiu na pressão total sobre o Hamas até que todos os reféns sejam libertados e o grupo terrorista seja destruído.
Sobre a crescente pressão internacional para que as Forças de Defesa de Israel não lancem uma operação terrestre em Rafah, Netanyahu disse que desistir da medida significaria perder a guerra.
Rafah é a única cidade de Gaza em que as forças de Israel não entraram desde o início da guerra. É considerada o último refúgio do Hamas.
Corte Internacional rejeita pedido da África do Sul
A Corte Internacional de Justiça (CIJ), principal braço Judiciário das Nações Unidas, rejeitou um pedido da África do Sul por medidas urgentes contra operações militares de Israel em Rafah, na Faixa de Gaza.
A “situação perigosa” em Rafah “não exige a indicação de medidas provisórias adicionais”, diz comunicado do tribunal, divulgado na sexta-feira, 16.
A CIJ justificou a decisão afirmando que o cenário “exige a implementação imediata e eficaz das medidas provisórias indicadas pelo Tribunal no seu Despacho de 26 de Janeiro de 2024”, em referência à decisão da corte por um cessar-fogo em toda a Faixa de Gaza.
Em tese, as decisões da CIJ são vinculantes para todos os Estados membros das Nações Unidas.
Mas, diferentemente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a CIJ não tem nenhum meio para impor suas determinações na prática.
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