Bolsonaro pedirá devolução do passaporte
O passaporte de Bolsonaro foi entregue à PF em 8 de fevereiro, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do STF
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL, foto) planeja pedir na Justiça a devolução de seu passaporte, registrou a CNN Brasil.
A defesa de Bolsonaro alegará que não há elementos que justifiquem a apreensão do documento e que Bolsonaro tem diversos convites para eventos e atividades no exterior.
Segundo Fabio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria de Comunicação da Presidência e advogado de Bolsonaro, o ex-presidente foi convidado para visitar os locais dos ataques do Hamas em Israel e se encontrar com familiares dos reféns mantidos pelo grupo terrorista.
Bolsonaro também recebeu convites para visitar campos de concentração na Polônia e participar de encontros no Bahrein, acrescentou o advogado.
Passaporte de Bolsonaro apreendido pela PF
Como mostrou O Antagonista, o passaporte de Jair Bolsonaro foi entregue à Polícia Federal em 8 de fevereiro em Brasília, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O ex-presidente foi um dos alvos da Operação Tempus Veritatis.
Além de Bolsonaro, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, e os ex-ministros Anderson Torres, Walter Braga Netto e Augusto Heleno também foram alvos da Polícia Federal.
Dois ex-assessores de Bolsonaro foram presos. São eles: Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens, e Filipe Martins, ex-assessor internacional da Presidência.
Ao todo, foram cumpridos 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva em nove estados –Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás– e no Distrito Federal.
Bolsonaro recebeu plano de prender Moraes, Gilmar e Pacheco
O relatório que embasou a operação da PF aponta Filipe Martins, ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, e o advogado Amauri Feres Saad como autores da minuta do golpe que foi apreendida na casa do ex-ministro Anderson Torres. Segundo a PF, o documento teria sido entregue ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
De acordo com a PF, a primeira versão do documento teria o pedido de prisão do presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e dos ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, do STF.
O relatório mostra que entre as alterações solicitadas por Bolsonaro estava a retirada da previsão de prisão do também ministro do STF Gilmar Mendes, embora não a de Moraes, que ainda “foi monitorado pelos investigados”.
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