Os delegados de SP também não foram com a Vai-Vai
Sindicato reagiu ao desfile da escola que teve um dos carros com policiais militares do Batalhão de Choque como demônios
O Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp) divulgou nota para repudiar “veementemente” o desfile da escola de samba Vai-Vai do sábado, 10. A agremiação, uma das mais tradicionais do carnaval paulista, escolheu o hip hop para seu samba enredo.
Na apresentação – fortemente influenciada por letras do grupo Racionais MC’s – um dos carros apresentavam os policiais militares do Batalhão de Choque como demônios, em uma referência ao massacre do Carandiru em 1992, que acabou com 111 mortos e é contada na canção “Diário de Um Detento”, uma das principais do grupo.
“As alegorias utilizadas na ala “Sobrevivendo no Inferno”, demonizaram a polícia, algo que causa extrema indignação. Ao adotar tal enredo, a escola de samba, em nome do que chama de “arte” e de liberdade de expressão, afronta as forças de segurança pública, desrespeita e trata, de forma vil e covarde, profissionais abnegados que se dedicam, dia e noite, à proteção da sociedade e ao combate ao crime, muitas vezes, sob condições precárias e adversas, ao custo de suas próprias vidas e famílias”, disse o Sindpesp.
Comissão de Segurança da Câmara
Além do sindicato dos policiais, o desfile da Vai-Vai provou reações de parlamentares da chamada bancada da bala. Segundo o deputado Sargento Portugal (Podemos-RJ), a escola de samba fez um “escárnio com esses heróis anônimos da sociedade“.
“Lamentavelmente, vivemos uma sociedade na qual a polícia é desvalorizada e humilhada diariamente“, disse.
Sargento Gonçalves (PL-RN) foi ainda menos com a cara da Vai-Vai e torce pelo rebaixamento da escola paulista. “Eu torço para que uma escola de samba que promove esse tipo de absurdo seja rebaixada. Não há justificativa para fazerem tamanha imbecilidade contra os policiais, categoria que rala diariamente, sob condições precárias, para proteger aqueles que eles nem conhecem”, disse.
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