Trump pede a Suprema Corte para o adiar julgamento de interferência eleitoral
Ex-presidente alega imunidade do processo, no qual é acusado de conspirar para reverter sua derrota nas eleições de 2020
A defesa do ex-presidente americano Donald Trump apelou à Suprema Corte nesta segunda-feira, 12 de fevereiro, para estender o atraso em seu julgamento de interferência eleitoral.
Ele alega imunidade do processo, no qual é acusado de conspirar para reverter sua derrota nas eleições de 2020. Esse caso é relacionado à invasão do Capitólio, em 6 de janeiro de 2021.
O pedido desta segunda vem apenas quatro dias após os juízes ouvirem o recurso separado de Trump para permanecer na cédula presidencial, apesar das tentativas de removê-lo por causa de seus esforços após sua derrota eleitoral em 2020.
“Sem imunidade contra processo criminal, a Presidência como a conhecemos deixará de existir”, escreveram os advogados de Trump, repetindo argumentos que até agora falharam nos tribunais federais.
Não há cronograma para a atuação do tribunal, mas a equipe do procurador especial Jack Smith, responsável pelo caso, tem fortemente pressionado para que o julgamento seja realizado este ano.
Mesmo que Trump seja condenado, não há nenhum dispositivo claro na Constituição americana que o impeça de concorrer às eleições deste novembro.
Críticos do ex-presidente e apoiadores do Partido Democrata alegam que a 14ª Emenda da Constituição poderia barrá-lo por ter conspirado contra o Estado.
Entretanto, esse dispositivo não tem um meio de execução claro. Alguns constitucionalistas afirmam que a decisão precisaria passar pelo Congresso.
Outros processos
O caso da tentativa de interferência eleitoral é um de quatro processos que Trump enfrenta enquanto busca retomar a Casa Branca.
Ele enfrenta acusações federais na Flórida de que reteve ilegalmente documentos classificados em sua propriedade Mar-a-Lago, um caso que também foi apresentado por Smith e está agendado para julgamento em maio.
Trump ainda foi acusado em um tribunal estadual na Geórgia de conspirar para subverter a eleição de 2020 naquele estado e, em Nova York, em conexão com pagamentos de dinheiro por silêncio feitos à atriz de filmes adultos Stormy Daniels.
Ele nega todas as acusações.
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