Após a morte do ex-presidente Sebastián Piñera em um acidente aéreo na semana passada, os chilenos se mostraram dispostos a perdoá-lo pelos erros que ele não cometeu.

Em 2019, Piñera registrou o menor índice de aprovação popular de um presidente do Chile. Nessa época, em que protestos paralisaram o país por meses, apenas 10% dos chilenos diziam gostar de seu governo. A desaprovação ultrapassou os 80%.

Nos anos dos “estallido social“, chilenos foram para as ruas para pedir coisas vagas. Alguns queriam educação e saúde gratuitas. Outros reclamavam do capitalismo excessivo. Com lojas sendo invadias e saqueadas, muitos foram pedir mais segurança. Havia também um coro generalizado contra os policiais que reprimiram as primeiras manifestações.

No final, os protestos não deram em nada. Para que o país voltasse a funcionar, Piñera tirou da cartola a proposta de uma nova Constituição. Mas nem a esquerda, nem a direita, conseguiram convencer a maioria do país de que tinham um bom projeto para o país.

Na terça, 6, Piñera morreu afogado após um acidente de helicóptero. Ele estava pilotando a aeronave e gritou para que os demais passageiros saíssem antes, para se salvar.

Uma pesquisa da consultoria Cadem feita após sua morte mostra que os chilenos irão se lembrar com carinho do ex-presidente.

Seguem alguns dados encontrados pelo estudo:

• 87% dos chilenos pensam que Piñera foi um homem de diálogo e de grandes acordos.
• 86% dizem que ele tinha capacidade para solucionar os problemas do país
• 83% afirmam que Piñera será lembrado com carinho e admiração
• 52% consideram que seu principal legado foi a gestão da pandemia, quando o Chile adquiriu vacinas da China e da americana Pfizer
• 49% acreditam que seu melhor momento foi o resgate de 33 mineiros, que ficaram presos em uma mina, no norte do país, em 2010
• 30% falam que sua grande conquista foi a reconstrução do país após o terremoto de 2010
• 60% dos chilenos acham que seus…

Leia mais em Crusoé