Chefe da Otan rebate Trump
Ex-presidente dos EUA afirmou que encorajaria a Rússia “a fazer o que quisesse” a membros da aliança inadimplentes com gastos de defesa
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg (foto), criticou neste domingo, 11, a declaração do ex-presidente Donald Trump indicando que, caso eleito, não protegerá os aliados da aliança militar ocidental se os países atrasarem os pagamentos.
Como mostramos, Trump foi além e afirmou que encorajaria a Rússia a fazer “o que diabos quisesse” se os integrantes da aliança não atingirem os números estabelecidos.
Stoltenberg disse em comunicado divulgado mais cedo que a Otan “continua pronta e capaz de defender todos os seus aliados”.
“Qualquer ataque à Otan será enfrentado com uma resposta unida e vigorosa”, acrescentou.
“Qualquer sugestão de que os aliados não vão se defender uns aos outros prejudica a segurança de todos nós, incluindo os Estados Unidos, e expõe os soldados americanos e europeus a um risco ampliado.”
As declarações de Trump foram feitas durante um comício de campanha na Carolina do Sul. Além do chefe da Otan, outros líderes do Ocidente também se manifestaram neste domingo criticando as falas do republicano.
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, afirmou que as “declarações imprudentes sobre a segurança da Otan servem apenas ao interesse de Putin”.
A Casa Branca reagiu às declarações de Trump:
“Encorajar invasões dos nossos aliados mais próximos por regimes assassinos é terrível e desequilibrado. Coloca em perigo a segurança nacional americana, a estabilidade global e a nossa economia”, afirmou o porta-voz da Casa Branca, Andrew Bates.
Não é a primeira vez que Trump relatou ter feito ameaças a um país membro da Otan. Em 2022, ele afirmou que não defenderia os aliados em caso de ataque da Rússia, a menos que fizessem uma contribuição financeira maior para a aliança.
O ex-presidente já havia sugerido também que poderia desconsiderar o artigo 5º da Otan, o que diz que o ataque contra um membro representa um ataque contra todos. Na ocasião, disse que não se sentia obrigado por causa das diferenças de opinião entre os membros.
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