Na última sexta-feira (9), o advogado do Príncipe Harry informou ao Supremo Tribunal de Londres que seu cliente chegou a um acordo referente ao seu processo contra o Mirror Group Newspapers (MGN) por escutas telefônicas e outras atitudes ilegais. Como parte do acordo, o editor concordará em pagar “indenizações substanciais” e custos jurídicos.

Resultado do julgamento

Em dezembro, o tribunal decidiu que Harry tinha sido vítima de recolha ilegal de informações, incluindo escutas clandestinas por parte dos jornalistas dos tablóides Daily Mirror, Sunday Mirror e Sunday People, com o conhecimento dos seus editores.

No entanto, esse julgamento contemplou apenas 33 dos 148 artigos dos quais Harry reclamou, decidindo a seu favor em 15 deles. Segundo David Sherborne, advogado de Harry, o MGN cedeu o restante da reclamação de seu cliente e concordou em pagar outra quantia substancial, além dos custos judiciais do duque de Sussex.

Mudanças na imprensa britânica

“Estava realmente acontecendo tudo o que dissemos que estava ocorrendo no Mirror Group, e até pior, conforme a Corte decidiu em seu julgamento extremamente contundente”, afirmou Harry em um comunicado lido por seu advogado. Ele ainda reiterou que continuaria seu trabalho para trazer melhorias à imprensa britânica.

Depoimento no tribunal e pagamento de indenização

O príncipe foi um dos 100 requerentes que processaram o MGN, incluindo atores, estrelas do esporte, celebridades e pessoas que têm uma conexão com figuras proeminentes.

A princípio, Harry recebeu uma indenização de £140.600 (cerca de $180.700) depois que o juiz concordou que tinha sido ilegalmente alvo de jornalistas do MGN. Agora, com a resolução deste caso, é provável que o MGN venha a pagar mais de £2 milhões para cobrir os custos legais dos reclamantes em seu caso genérico, com um pagamento provisório de £400.000 para as despesas individuais do príncipe.

Harry não estava presente na audiência da última sexta-feira em que o acordo foi divulgado.